O Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) por meio do Ministério de Saúde (MS) indica o percentual do consumo desequilibrado de alimentos ultra processados pela população de Roraima, confira dados da pesquisa.
O sistema de vigilância recomenda evitar alimentos, como biscoitos recheados, salsichas, nuggets, salgadinhos de pacote e refrigerantes, devido à sua composição nutricional desequilibrada e ao alto teor de calorias, que contribuem para a obesidade e o desenvolvimento de doenças.
Segundo a pesquisa, foi revelado que ano passado, 23% dos homens e mulheres em Boa Vista consumiram cinco ou mais tipos de alimentos ultra processados no dia anterior à entrevista. Além de prejudicar a saúde individual, esses alimentos também possuem impactos negativos na cultura, na vida social e no meio ambiente, afetando, assim, a saúde e o bem-estar das pessoas.
Cultura
Esses alimentos afetam a cultura, ao promover uma falsa sensação de diversidade e fazem com que as tradições alimentares locais pareçam desinteressantes, especialmente para os jovens. Como resultado, há o crescimento do desejo de consumir esses produtos para se alinhar a uma cultura supostamente moderna e superior, diminuindo a importância das práticas alimentares tradicionais.
Vida social
Projetados para consumo imediato, podendo ser ingeridos a qualquer hora e em qualquer lugar, os alimentos ultra processados eliminam a necessidade de preparar e compartilhar refeições. Seu consumo frequente ocorre em momentos de isolamento, como ao assistir televisão ou trabalhar no computador, o que reduz as oportunidades de interação social.
Meio ambiente
A demanda por ingredientes como açúcar e óleos vegetais estimula monoculturas que utilizam agrotóxicos e fertilizantes, prejudicando a biodiversidade. Além disso, o transporte desse alimento consome muita energia e emite poluentes, enquanto o uso excessivo de água compromete recursos naturais essenciais.
A pesquisa é conduzida com uma amostra de adultos com mais de 18 anos em todas as 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal. No total, foram realizadas 21.690 entrevistas: 10.858 por meio de telefones fixos e 10.832 por telefones móveis.
Guia Alimentar Para a População Brasileira
A segunda edição do Guia Alimentar Para a População Brasileira completa 10 anos em 2024, para comemorar data o Ministério da Saúde lançou uma série especial que engloba notícias em diferentes aspectos do documento. As recomendações atualizadas nesta edição tem como objetivo uma alimentação saudável que beneficie a saúde individual, respeite e valorize as tradições locais, e cuide do meio ambiente.
Com dados de Ministério da Saúde