Os profissionais da saúde fizeram uma manifestação na tarde desta segunda-feira (17) em apoio aos colegas agredidos por uma paciente alcoolizada durante o final de semana no Pronto Atendimento Cosme e Silva, bairro Pintolândia. A reivindicação também é por segurança armada na unidade.
O ocorrido teria causado indignação pela falta de segurança em uma unidade de saúde pública, principalmente porque é uma pauta cobrada pelo Sindicato dos Profissionais da Enfermagem do Estado de Roraima (Sindprer). A presidente, Maria de La Paz, apontou que a quantidade de atendimento no Cosme e Silva aumentou e a violência também.
“A gente vem cobrando desde 2020, quando houve um boom nas ocorrências de agressões físicas e psicológicas com profissionais da enfermagem. O sindicato vem cobrando o policiamento fixo porque, hoje, é o pronto atendimento que tem o maior quantitativo de atendimento, pois o trauma do HGR [Hospital Geral de Roraima] ainda não voltou em sua totalidade. Os nossos colegas estão cada vez mais expostos a esse tipo de violência” ressaltou a presidente.
Maria de La Paz cita que o caso de agressão a uma médica, uma enfermeira e um técnico de enfermagem foi o ponto ápice para reivindicar pelo policiamento fixo na unidade. “Vamos dar um basta nisso porque nós estamos aqui pra atender a população com qualidade, mas a gente não vai se submeter a esse tipo de violência”, conclui.
Em divulgação nas redes sociais, a Secretaria de Saúde (Sesau) informou que desde ontem (16) uma viatura de plantão da Polícia Militar estaria disponível no Pronto Atendimento. No entanto, os profissionais ainda têm receio de que o posto não seja efetivado, pois, em outras situações de violência, uma guarnição policial não estava presente.
“Hoje está presente aqui uma viatura com dois colegas da PM, mas a questão é que em menos de uma semana eles estão fora daqui porque eles dizem que não tem efetivo para deixar fixo um policial aqui, enquanto no HGR fica sempre um policial. A gente está colocando aqui para pedir um efetivo fixo que fique aqui no Cosme Silva”, reforçou um dos profissionais presente na manifestação.
O caso
Uma paciente alcoolizada, de 41 anos, agrediu os profissionais de saúde e quebrou equipamentos na noite da última sexta-feira, dia 14. Ela teria sofrido um abalo emocional e foi levada desacordada à unidade de saúde Cosme e Silva.
Em procedimento comum de atendimento, a mulher foi colocada em uma maca, quando a médica plantonista tentou acordá-la, mas não houve sucesso. Pouco tempo depois, a paciente acordou alterada, retirando os acessos, chutando e puxando o cabelo da médica.
A mulher alcoolizada quebrou os aparelhos e ainda agrediu os outros profissionais que foram acamá-la. A Polícia Militar foi acionada e os envolvidos foram levados ao 5° Distrito Policial para as devidas providências.