![Profissionais denunciam salários abaixo do piso e não pagamento de adicionais (Foto: Dsei Yanomami) Profissionais denunciam salários abaixo do piso e não pagamento de adicionais (Foto: Dsei Yanomami)](https://uploads.folhabv.com.br/2025/02/ihoixMkA-Snapinst.app_476412378_18076245733727377_1621700344557306486_n_1080-1024x580.webp)
Profissionais que atuam no Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei-Y) relataram o “descaso” que sofrem desde que a Agência Brasileira de Apoio à Gestão do Sistema Único de Saúde (AgSUS) assumiu os distritos sanitários no Brasil, em janeiro. Eles afirmam que foram pegos de surpresa com o pagamento dos salários de janeiro abaixo do piso e relatam que não receberam adicionais por pernoites e insalubridade.
Um dos denunciantes, que não quis ser identificado, relatou à Folha BV que a agência reduziu os salários em janeiro, em comparação ao pago pela conveniada anteriormente responsável pelo Dsei-Y, sem aviso prévio aos profissionais. Ele também reclamou da falta de pronunciamento da AgSUS sobre os cortes nos pernoites. “Sendo assim, todos os profissionais de área saíram prejudicados com valores baixos de salário”, relatou um dos denunciantes.
Em comunicado enviado aos funcionários do Dsei-Y, ao qual a Folha BV teve acesso, a AgSUS esclareceu que os adicionais de insalubridade e periculosidade serão pagos retroativos ainda neste mês e negou que o salário tenha diminuído. Os pernoites não foram citados no comunicado. Sobre os salários, a agência informou que foram definidos considerando o mesmo valor executado pelas conveniadas que ainda estão gerenciando outros 24 Dseis.
Em um manifesto feito pelos profissionais que atuam no Dsei Yanomami, eles relatam a revolta em relação ao salário baixo e o não pagamento do adicional e também denunciam as condições de trabalho em que eles se encontram. Instalações e equipamentos “deficientes” e a insegurança dos profissionais no território foram as reclamações feitas no manifesto.
Com a palavra, o Ministério da Saúde e a AgSUS
A FolhaBV questionou o Ministério da Saúde e a própria AgSUS sobre a situação, mas não obteve respostas até o fechamento da reportagem. O espaço segue aberto.