SUPERVISÃO

Programa de imunização em Roraima será fiscalizado por auditoria do TCERR

O objetivo é examinar como são organizados e coordenados os programas de imunização do estado e dos municípios

As ações vão abranger todo o estado (Foto: DIvulgação)
As ações vão abranger todo o estado (Foto: DIvulgação)

Uma auditoria operacional vai examinar como são organizados e coordenados os programas de imunização do estado e dos municípios. O Tribunal de Contas de Roraima (TCERR) reuniu técnicos e gestores do Programa Imunização de Boa Vista e do Estado para apresentar a matriz de planejamento da ação, coordenada pela Secretaria de Avaliação e Monitoramento de Políticas Públicas do tribunal.

O objetivo do procedimento também é verificar quais estratégias são utilizadas para garantir que as coberturas vacinais, das crianças de até um ano de idade, alcancem os níveis necessários para a proteção coletiva. Na reunião, apelos auditores de Controle Externo Antonio Marques, Valdélia Lena e Perpétua Moura teve como foco apresentar as questões que serão investigadas na auditoria.

Na auditoria será avaliado, por exemplo, se os equipamentos utilizados na rede de frio estão conforme o recomendado e se passam por manutenção, verificar se o estado e os municípios possuem o controle sobre as perdas de vacinas, se os procedimentos de recebimento, armazenamento e distribuição garantem a disponibilidade dos imunobiológicos nas salas de vacinação, e se o estado e municípios têm treinado os agentes de saúde para abordar a hesitação vacinal das famílias.

As ações de vacinação de rotina também serão avaliadas pela auditoria, em especial de cinco vacinas: Pentavalente, Tríplice Viral, Pneumocócica, Meningococo C e Poliomielite, todas aplicadas em crianças de até um ano de idade e que visam garantir a cobertura vacinal. Para subsidiar os trabalhos da auditoria, neste mês, serão realizadas inspeções para coleta de informações em campo nos municípios selecionados e no Estado.

Queda dos níveis vacinais

Devido à queda nas coberturas vacinais do Calendário Nacional de Vacinação para crianças de até um ano,  desde 2016, os níveis vacinais estão abaixo das metas estabelecidas pelo Ministério da Saúde (MS) para proteção da população.

Conforme o auditor de controle externo, Antônio Marques, essa situação eleva o risco de retorno de doenças já eliminadas e do aumento do número de casos de doenças imunopreveníveis na população.

A auditora de controle externo, Perpétua Moura, também apontou para a discrepância entre os dados de cobertura vacinal divulgados pelo Ministério da Saúde e o controle municipal, identificada durante as reuniões de sensibilização do Pacto pela Primeira Infância nos municípios do estado.