Muito se tem falado sobre relacionamento abusivo e as atitudes que configuram tal ato. Apesar disso, muitas mulheres ainda têm dúvidas sobre o tema, pois não sabem exatamente o que significa e como identificar essas situações dentro das suas relações.
Segundo a psicóloga Mariana Pessoa, mulheres que vivem esse tipo de relacionamento são desmoralizadas pelo seu agressor porque eles têm a finalidade de querer enfraquecer a vítima.
“Geralmente o agressor gosta de desmerecer a vítima perante amigos e outras pessoas para diminuir a autoestima dela, pois ele quer que ela se sinta impotente e pense que somente ele vai lhe querer”, explicou.
A psicóloga diz que essa situação faz com que as mulheres se sintam incapazes. “Pelo fato de a vítima estar com a sensação de que ela não é capaz de fazer nada, é muito comum que ela se prenda cada vez mais nessa relação por pensar que ninguém além do seu parceiro vai aceitá-la”, relatou Mariana.
Ainda de acordo com ela é muito difícil para as próprias mulheres que vivenciam esse abuso identificar que estão nesse cenário. “Quando essa violência começa, seja física ou psicológica, as mulheres começam a se sentir mal e perguntas como “até que ponto esse relacionamento está chegando” é um sinal de que ela está em uma condição abusiva”, afirmou a psicóloga.
Veja alguns indicativos de um relacionamento abusivo
Há sinais de um relacionamento abusivo que são comuns e que podem ajudar você a se reconhecer dentro do seu cenário
1. Se sentir culpada por tudo na relação
2. Ser constrangida em público
3. Ser ameaçada, caso conte algo do que está passando
4. Manter relações sexuais só para satisfazer o parceiro mesmo que você não queira praticar tal ato.
5. Ciúmes obsessivos
6. Ser considerada posse da pessoa.
OMS
De acordo com a Organização Mundial da Saúde Mulheres, 243 milhões de mulheres sofreram violência física, sexual ou psicológica por um parceiro íntimo no último ano.
O Brasil é o 5° no ranking de feminicídios: três em cada cinco mulheres sofrem, sofreram ou sofrerão algum tipo de violência.
LEIA MAIS
NÃO SE CALE – Cartilha sensibiliza a sociedade contra o Feminicídio