Em março completa um ano que o mundo enfrenta a pandemia do coronavírus e com isso, muitas perdas de familiares e amigos.
A psicóloga Yasmin Leitão alerta sobre como lidar com luto familiar. Para ela, é necessário manter a rede de apoio mesmo que virtualmente é essencial para pessoas que estão de luto ou com familiares internados.
“É sempre bom ter alguém que mande uma mensagem, um vídeo de apoio para os familiares, se for dar apoio à família tente estar presente, mesmo que de maneira remota, pergunte como a pessoa que perdeu alguém se sente, esteja disposto a ouvi-la.”
A psicóloga Yasmin Leitão alerta sobre como lidar com luto familiar (Foto: Diane Sampaio/FolhaBV)
A psicóloga diz ainda que “ se você for uma pessoa que está com um parente, amigo em processo de adoecimento grave, escreva como você se sente nesse momento, coloque pra fora seus sentimentos, valide o sentimento da dor, tristeza, raiva. Escrever é algo que pode ajudar muito nesse processo”. A psicóloga Yasmin diz também que principalmente após o processo de falecimento é necessário tentar trazer boas memórias, momentos bons que foram vivenciados com a pessoa.
A psicólogo alerta também sobre o luto entre as crianças. “Nós precisamos deixar de acreditar que a criança que não entende. A criança pode não entender, mas ela pode sentir o ambiente, ela também sente saudade, vai sentir a ausência da pessoa, precisar de apoio emocional, precisando também de bastante diálogos transparentes, e do apoio para o processo de aceitação” disse.
A especialista relata que é possível trabalhar o luto entre as crianças, antes de ocorrer de fato.
“Comece a ensinar a criança olhando pra natureza, fazendo ela observar que a plantinha nasce, germina, cresce, se desenvolve, e que também morre. Ou ensinar elas vendo a questão dos animais, as estações do ano, e com a estação do ano pode ser explicado que flores nascem, se desenvolvem e depois elas caem das árvores, dando espaço para que novas flores floresçam nas próximas estações”. São maneiras que podem dar certo para para o processo de luto da criança” afirmou a psicóloga Yasmin.
Por Cecilia Veloso – Acadêmica de jornalismo