JANEIRO BRANCO

Redes sociais podem gerar ansiedade?

A constante exposição a vidas aparentemente perfeitas, corpos esculpidos e conquistas reluzentes pode criar um ambiente propício para o surgimento de ansiedade e baixa autoestima

Estudos recentes têm levantado preocupações sobre o impacto negativo das redes sociais na saúde mental (Foto: Reprodução/Internet)
Estudos recentes têm levantado preocupações sobre o impacto negativo das redes sociais na saúde mental (Foto: Reprodução/Internet)

Em meio à campanha Janeiro Branco, que busca conscientizar sobre a importância da saúde mental, surge uma reflexão importante: as redes sociais podem estar contribuindo para o aumento da ansiedade e das comparações entre os usuários?

Estudos recentes têm levantado preocupações sobre o impacto negativo das redes sociais na saúde mental. A constante exposição a vidas aparentemente perfeitas, corpos esculpidos e conquistas reluzentes pode criar um ambiente propício para o surgimento de ansiedade e baixa autoestima.

Segundo a psicóloga Alessandra Bonfim, “a incessante busca por validação nas redes sociais pode criar um ciclo prejudicial. As comparações constantes com o que é apresentado online muitas vezes não refletem a realidade, gerando um fardo emocional significativo”, disse.

Psicóloga Alessandra Bonfim durante entrevista (Foto: Wenderson Cabral/FolhaBV)

A Dra. Bonfim destaca a importância de procurar lazer e viver a vida socialmente para amenizar os males causados pela exposição excessiva nas redes sociais. “É essencial dedicar tempo para atividades fora do ambiente virtual. Encontrar prazer em hobbies, compartilhar momentos reais com amigos e familiares, tudo isso contribui para uma vida mais equilibrada e menos permeada pela ansiedade”, aconselhou.

Uma pesquisa publicada no Journal of Abnormal Psychology revelou um aumento expressivo nos níveis de ansiedade e depressão entre os jovens, correlacionando diretamente com o aumento do uso das redes sociais.

Outro estudo, conduzido pela Universidade de Stanford, destaca que a comparação social, tão comum nas redes, pode ativar áreas do cérebro associadas ao estresse. A constante avaliação de popularidade e aceitação pode levar a uma espiral de ansiedade, afetando negativamente a saúde mental.

Diante desse cenário, é fundamental repensar o uso das redes sociais e buscar um equilíbrio saudável. A psicóloga destaca a importância de estabelecer limites: “É crucial reconhecer que as redes sociais são apenas uma parcela da realidade. Desconectar-se periodicamente e cultivar relações offline são medidas essenciais para preservar o bem-estar emocional”, concluiu.