Algumas das medidas como orientações posturais e alimentares podem aliviar os sintomas do Refluxo Gastroesofágico Fisiológico (RGE). De acordo com a pediatra, Marjorie Fassanario, a maioria dos bebês antes de seis meses de idade apresenta os sintomas, ou seja, vomitam ou regurgitam. O lado bom é que esses sintomas não possuem consequências para o seu desenvolvimento, já que na maioria das vezes, não causa sintomas graves e pode acontecer algumas vezes por dia em bebês.
“À medida que se desenvolvem e começam a receber alimentos mais consistentes, principalmente após os seis meses de idade, os sintomas melhoram. Apesar de causar muita angústia nos pais, as regurgitações nos bebês, em sua maioria, costumam não trazer prejuízos para os pequenos”, reforça a pediatra.
A pediatra explica que o refluxo gastroesofágico é a volta do conteúdo do estômago para o esôfago, algumas vezes chegando até a boca. É a famosa “golfada” do bebê.
“Durante os primeiros meses de vida, os bebês comem com muita frequência e por isso, têm mais refluxos. Isso também é devido à imaturidade do esfíncter gastroesofágico inferior, um músculo que funciona como uma porta que permite a passagem do alimento do esôfago para o estômago e vice versa. Conforme o esfíncter vai amadurecendo, o refluxo vai diminuindo”, relata a médica.
Segundo ela, os bebês têm mais refluxo, pois ainda não sustentam o tronco e a cabeça, permanecendo muito tempo deitados. Por isso a importância de colocar o bebê pra arrotar, sempre, após as mamadas.
“Se a criança estiver ganhando peso adequadamente, as regurgitações isoladas, ou seja, sem outros sintomas associados, devem ser tratadas como um evento normal. Esses bebês são chamados “vomitadores felizes”, pois vomitam ou regurgitam e estão sempre bem, sem sintomas e crescendo normalmente”, comenta.
O Refluxo só é considerado patológico, necessitando de tratamento, quando a criança não ganha peso adequadamente ou apresenta outros sintomas como tosse persistente, cianose e vômitos associados. Nesse caso, é necessário a instituição de tratamento medicamentoso.
“Algumas medidas antirrefluxo são importantes e ajudam a melhorar os sintomas como: manter o bebê em posição ereta por pelo menos 20 min após as mamadas e elevar a cabeceira do berço”
O acompanhamento com o pediatra é essencial e deve ser frequente a fim de avaliar se o ganho de peso está sendo satisfatório.