É fato que a gravidez é um momento único na vida de uma mãe ou um pai. Ao longo dos nove meses de gestação, são inúmeras mudanças no corpo e uma ansiedade sem fim para conhecer o recém-nascido da vez. E, claro, toda gravidez vem acompanhada da mesma pergunta: como vai ser o parto?
É um fato que hoje há mais de uma possibilidade para esse momento, que depende do bebê e deve ser adequada a cada situação. Muitas vezes, fica à disposição da gestora escolher a forma como prefere o parto – e essa oportunidade fez crescer o interesse das pessoas a respeito do chamado parto humanizado, uma alternativa mais natural e que traz mais protagonismo para quem dará à luz.
A escolha oferece uma opção sem intervenções e cirurgias desnecessárias para o bom andamento do parto, além de dar uma grande autonomia para as pessoas gestoras. A grande diferença entre o parto normal e o humanizado é justamente a possibilidade de escolha dos detalhes: fica à disposição dos pais escolher a posição para parir, bem como a intensidade da luz, o local – pode ser em casa ou hospitais preparados –, a presença de acompanhantes, o uso de anestesia, entre outros.
Em linhas gerais, o acompanhamento de terceiros é uma opção da pessoa que dará à luz, e todo o processo costuma ser acompanhado de uma doula, que está presente desde o início da gestação para explicar todo o processo e seus pormenores. É importante que a pessoa gestora também esteja ciente de seus direitos desde o começo, o que evita o risco de violência obstétrica em qualquer ocasião.
Benefícios do parto humanizado
Quando a gravidez permite que seja realizado o parto humanizado, há uma série de benefícios, tanto para a pessoa gestora, quanto para o recém-nascido. Um deles é a redução do nível de estresse e ansiedade de ambas as partes envolvidas, posto que o controle da situação é feito de forma mais natural.
Vale destacar que o recém-nascido também costuma nascer mais calmo, porque há mudanças importantes na escolha do ambiente. No caso de partos dentro de piscinas ou banheiras, há um acolhimento inicial semelhante à placenta, assim como uma proximidade maior com a pessoa que gestou, o que também permite uma conexão bem mais intensa entre as partes.
Outro ponto que deve ser levado em consideração é a redução do risco de depressão pós-parto, que afeta cerca de 10% das pessoas grávidas e 13% das puérperas. Isso porque todo o processo costuma ser feito no ritmo escolhido, sem grandes surpresas e com acompanhamento de pessoas de confiança.
Ainda que os pais assumam a maior parte do protagonismo, é importante ressaltar que o parto humanizado precisa ser feito com auxílio de profissionais, mas isso não significa que eles intervirão no processo sem que haja uma real necessidade, como uma complicação.
No local escolhido, é importante que estejam presentes os obstetras e uma equipe de saúde preparada e a postos, composta por profissionais formados na faculdade de enfermagem e medicina. É importante ressaltar que as pessoas envolvidas devem respeitar as decisões dos pais durante todo o processo.