As doenças que acometem a região do ânus, como a hemorroida, são causadas por ressecamento intestinal e afetam em maior parte jovens adultos.
Dentre as chamadas doenças orificiais do aparelho digestivo, a hemorroida é mais comum, especialmente entre adultos e idosos.
A proctologista Karina Kendra alerta que o fator comum causador destes problemas é o ressecamento do intestino.
Ela explica que muitas pessoas têm preocupação sobre a possibilidade de a hemorroida virar câncer, mas que isso não ocorre.
“É importante ressaltar que hemorroida não vira câncer, não dá tumor, nem algo maligno e não será preciso operar, a não ser que a pessoa não melhore com os tratamentos”, frisa.
A especialista complementa que as hemorroidas são classificadas entre interna e externa.
“As hemorroidas são pequenas veias dilatadas ao longo do canal anal que quando sofrem um trauma se rompem e sangram e com graus de dilatação. A interna é o inchaço das veias que ficam dentro do ânus e é dividida em 4 estágios”, resume.
Karina explica que os fatores de risco para desenvolver a doença, além do ressecamento intestinal e anal é a obesidade, e a gravidez, pois ela facilita a dilatação dos vasos, além de passar muito tempo sentado.
“Os principais sintomas da doença é o desconforto anal que é bastante comum, especialmente durante evacuações ou ao ficar sentado. Outros sintomas incluem coceira e sangramento”, esclarece.
Segundo ela, outra doença bastante comum é a fissura anal crônica, onde o paciente costuma se queixar de dor ao defecar.
“O paciente que possui um pequeno machucado na mucosa do canal anal, que ocorre em grande parte das vezes pelo atrito causado por evacuação ressecada e costuma ser mais dolorida ao evacuar e essa dor se torna frequente e mais intensa”, diz Karina.
Ela aconselha que quem possuir a doença não deve deixar de evacuar, para que o intestino não resseque mais agravando a situação do paciente.
“O paciente não pode deixar de ir ao banheiro, pois quando mais tempo as fezes ficam no reto, mais ressecadas se tornam, machucando de maneira intensa o local. Outra coisa é não sentir tensão ao evacuar, pois isso faz a dor ser maior”, aborda.
A médica também explica que a fístula anal é a infecção entre a pele e o ânus, que traz pus na região, e o tratamento para ela é a drenagem.
“A pessoa pode ir ao centro cirúrgico para drenar ou o próprio corpo cria um caminho para isso, mas causando dores. Por ser infecção, a bactéria causa o pus que dá origem a secreção. Tem vezes que, a drenagem deve ser feita várias vezes, pois a secreção, por conta da cicatriz, volta a ocorrer”, afirma.
Karina explica que os exames feitos chamados de proctológicos, determinam qual doença acomete o paciente.
“O primeiro exame é a conversa com o paciente e ele explicando e especificando sintomas que levam ao diagnostico, depois quando há o exame físico, determino o resultado. Há o exame do toque retal e também com um aparelho para identificar as regiões afetadas”, finalizou.