SÁUDE

Roraima não registra casos de sarampo há cinco anos, afirma Ministério da Saúde

O último caso foi registrado em 2019 e, desde então, o estado não apresentou mais incidências da doença

Vacinação ainda é a forma mais eficaz de combate à doença (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
Vacinação ainda é a forma mais eficaz de combate à doença (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Há cinco anos, Roraima não registra casos, com transmissão em território nacional, de sarampo. O último caso foi registrado em 2019 e, desde então, o estado não apresentou mais incidências da doença. Conforme o Ministério da Saúde, que divulgou a informação, esse é um marco na redução e controle do sarampo em todo o país. 

Segundo o órgão, após atingir dois anos sem casos de sarampo, o Brasil está cada vez mais próximo de retomar a certificação de ‘país livre de sarampo’. O país saiu da condição de região endêmica no ano passado.

O Brasil havia havia recebido o título de país livre da doença em 2016, mas, dois anos depois, em 2018, o vírus retornou ao território nacional. O motivo está associado ao intenso fluxo migratório de países vizinhos e às baixas coberturas vacinais em vários municípios. Desde 2019, o número de casos de sarampo está em queda: saiu de 20.901 registros para 41 casos, em 2022. O último caso foi confirmado em 5 junho de 2022, no Amapá.

No início de maio, o país recebeu a visita da Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação da Eliminação do Sarampo, Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita na Região das Américas e do Secretariado da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) com o objetivo de dar continuidade ao processo de recertificação do Brasil como livre da circulação de sarampo e com sustentabilidade da eliminação da rubéola e da síndrome da rubéola congênita (SRC).

“Para que o Brasil possa continuar sem casos, é fundamental alcançar coberturas vacinais de, no mínimo, 95% de forma homogênea, visando a proteção da nossa população diante da possibilidade de ocorrência de casos importados do vírus e reduzindo assim o risco de introdução da doença. Além do que, garante a segurança até mesmo das pessoas que não podem se vacinar”, explica o diretor do  Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti.

O diretor destaca também a importância da continuidade da estratégia de microplanejamento que, em 2023, repassou R$151 milhões para estados e municípios. O método recomendado pela OMS consiste em atividades com foco na realidade local e em fortalecer e ampliar o acesso da população à vacinação, durante todo o ano. 

Vacina da Tríplice viral 

A tríplice viral é uma das vacinas ofertadas no Calendário Nacional de Vacinação, cujo esquema vacinal corresponde a duas doses para pessoas de 12 meses até 29 anos de idade, e uma dose para adultos de 30 a 59 anos. Esse imunizante protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola – três doenças altamente infecciosas que podem causar sequelas graves e foram responsáveis por epidemias no passado.

A cobertura da primeira dose dessa vacina aumentou de 80,7% em 2022 para 87% em 2023. Os dados de 2023 ainda são preliminares e podem subir, já que alguns estados têm bases próprias e as atualizações podem demorar a chegar à rede nacional.