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Roraima registra 35 casos de caxumba em um ano; saiba os cuidados

Somente nestes quatro meses de 2024, foram 17 registros da infecção viral aguda, que é benigna, no estado

A caxumba é infecção que atinge qualquer tecido glandular do corpo, ocorrendo na maioria dos casos nas glândulas salivares, na região da bochecha e mandíbula. (Foto: Wenderson Cabral/FolhaBV)
A caxumba é infecção que atinge qualquer tecido glandular do corpo, ocorrendo na maioria dos casos nas glândulas salivares, na região da bochecha e mandíbula. (Foto: Wenderson Cabral/FolhaBV)

O estado de Roraima registrou 35 casos de caxumba no último ano. Somente nestes quatro meses de 2024, foram 17 registros no estado, o que representa quase 81% do total de casos de 2023. De janeiro a dezembro do ano passado, foram 21 casos.

Os dados foram levantados pela FolhaBV, junto à Secretaria de Saúde (Sesau), após pais relatarem registros da infecção viral entre as crianças de Boa Vista. Os adultos também podem ser contaminados, caso nunca tenham tido contato com o paramyxovirus antes.

As crianças são o público mais comum em ser acometido com caxumba, de acordo com o Ministério da Saúde. Isso porque é uma infecção que atinge qualquer tecido glandular do corpo, ocorrendo na maioria dos casos nas glândulas salivares (região da bochecha e área da mandíbula). Além disso, é de fácil transmissão, por meio da disseminação de gotículas, como tosse e espirro, contato direto com saliva de pessoas infectadas ou pelo compartilhamento de utensílios contaminados.

Apesar do número de casos de 2024 representar quase o total de 2023, a Sesau informou, por meio de nota, que “Roraima não se encontra em alerta para possível surto” da papeira, como é popularmente conhecida.

“Para fins de vigilância, a caxumba não é uma doença de notificação compulsória, ou seja, não consta na Portaria do Gabinete do Ministro da Saúde nº 420 de 2 de março de 2022. Portanto, a notificação é facultativa, podendo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação apresentar subnotificação dos casos”,

completou a Secretaria.

Sintomas e cuidados

O período de transmissão da caxumba ocorre de dois até cinco dias após o surgimento da infecção. “O risco de propagação do vírus aumenta quanto maior o tempo e mais próximo for o contato com uma pessoa com a doença”, alertou a Secretaria de Saúde.

Entre os sintomas, a pessoa acometida pela doença pode apresentar febre, dor, sensibilidade e aumento do volume de uma ou mais glândulas salivares. Em alguns casos, o infectado pode apresentar sintomas muito leve, semelhante a um resfriado ou nenhum sintoma, podendo não saber que têm a doença.

A evolução é benigna e, em casos raros, a caxumba pode ser grave, chegando a determinar hospitalização do doente. A morte por caxumba é extremamente rara.

reforçou a Sesau.

Ou seja, não existe tratamento específico para caxumba. Ao senti os sintomas da papeira, os cuidados consistem em suporte para cada sintoma apresentado, através de analgésicos ou compressas para o edema na garganta.