O Hospital Ville Roy vai inaugurar, daqui a três meses, a primeira Unidade de Terapia Intensiva (UTI) humanizada de Roraima, modelo que permite o paciente a ter um acompanhante. O anúncio foi feito pelo sócio-fundador César Ferreira Penna durante a edição de domingo (14) do programa Agenda da Semana, da Folha FM (assista ao programa completo ao final da reportagem).
A UTI vai oferecer dez leitos e ampliar a capacidade de atendimento do hospital particular para 55 leitos. Além disso, o Ville Roy vai gerar cerca de 100 empregos diretos e atingir o total de 220 funcionários. “É um molde mais usado em Brasília, São Paulo e Rio Janeiro e é comprovado que melhora muito a segurança e a recuperação do paciente”, destacou.
César Penna ainda revelou que o hospital planeja, em breve, abrir uma maternidade e um pronto socorro infantil. Na opinião dele, o empreendimento 70% financiado pelo Banco da Amazônia e inaugurado em 2021, já é um sucesso, porque atualmente atende mais de oito mil pacientes mensais – no primeiro ano, eram 1 mil por mês.
O sócio-fundador ainda recomendou que Governo de Roraima e Prefeitura de Boa Vista incentivem seus servidores a usarem o hospital privado para desafogar os serviços públicos e aumentar as arrecadações de impostos estadual e municipal.
Sem relação com o SUS
César Penna explicou que o Hospital Ville Roy não atende pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde). “A gente acredita que a Medicina privada do Estado pode evoluir”, explicou. “A gente vem aproveitar essa lacuna, o Estado, o número de médicos e a população vem crescendo, e a exigência da população por serviço de qualidade é muito grande”, destacou.
Segundo ele, não há interesse da empresa em atender o SUS devido a defasagem do modelo de gestão pública e porque a Medicina privada é “totalmente diferente”. O sócio-fundador explicou que o Ville Roy é gerido profissionalmente, com planejamento e orçamento discutido e votado anualmente.
Conforme Penna, atualmente, o hospital atende planos de saúde de servidores públicos como Assefaz, Geap, Casembrapa e Fusex. A empresa quer chegar a 22 convênios de saúde e não pretende criar um plano próprio, porque segundo Penna, “é uma área que não temos expertise ainda”.
Estrutura: atende 98% da demanda por especialistas
O Ville Roy conta, atualmente, com quatro leitos de observação, oito poltronas de medicação e uma sala vermelha equipada para lidar com casos críticos. Além do pronto socorro, o hospital oferece serviços médicos, incluindo atendimento clínico e cirúrgico, diagnóstico com exames laboratoriais e de imagem, internação em apartamentos e um centro cirúrgico. “Praticamente, o Ville Roy atende 98% da demanda por médicos especialistas”, acrescentou César Penna.