O filho de Raimunda da Conceição, de 55 anos, procurou a FolhaBV para reclamar do atraso do tratamento oncológico da mãe em Manaus, na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (Cecon), em detrimento de uma máquina quebrada. A paciente é diagnosticada com câncer de mama em estágio avançado e está há dois meses na capital amazonense, acompanhada do filho.
Segundo Andresson Conceição, de 31 anos, que largou o emprego para acompanhar a mãe no outro estado, Raimunda passou a maior parte desse período na fila de espera do procedimento e, quando chegou o momento, fez duas sessões e a máquina quebrou. Por esse motivo, o tratamento está interrompido há nove dias e, segundo funcionários da unidade, não há previsão para ser retomado.
“Essa situação não afeta só a minha mãe, vários outros pacientes de Roraima vieram para Manaus para fazer esse tratamento. O paciente já vem preocupado por causa da doença e ainda tem que passar por isso, minha mãe está um pouco assustada e chora de vez em quando com saudade dos parentes”, relatou Andresson.
A paciente realizava o tratamento oncológico em Roraima, mas foi transferida para Manaus e recebe uma ajuda de custo para arcar com as despesas de moradia e alimentação na capital.
Outro lado
A reportagem entrou em contato com a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (Cecon) e não obteve resposta até a publicação da matéria, o espaço segue aberto,
O que diz a Sesau- RR
Em nota, a Secretaria de Saúde de Roraima informou que não houve reclamação formal acerca do problema e que os familiares ou mesmo a paciente, devem reportar o problema ao setor responsável na Sesau.
Contudo, adianta que a paciente está recebendo todo o suporte do Estado, incluindo o repasse da ajuda de custo, de forma a não comprometer o tratamento da referida no Amazonas, o que, por si só, descarta a suposta interpretação de omissão por parte da Sesau.
A Sesau acionará a Fundação para saber sobre quais medidas serão tomadas a respeito do caso.
“É importante esclarecer ainda que equipamento mecionado na reclamação pertence a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Amazonas, não havendo responsabilidade da Sesau na solução do problema”, disse.