As vacinas são um meio muito eficaz de controle de doenças graves, inclusive aquelas que podem deixar sequelas permanentes e até levar à morte. No Brasil, o calendário de vacinação, é planejado visando as doenças graves mais prevalentes para que as crianças sejam imunizadas e tornando-se os adultos saudáveis, mesmo em contato com o agente transmissor.
Porém, além das crianças sofrerem com as picadas das agulhas, muitas vezes, as vacinas podem causar reações adversas. Isso ocorre por que as vacinas são fabricadas com partes dos agentes causadores das doenças que pretendem imunizar.
“Normalmente esses agentes estão inativos ou estão atenuados e quando são inoculados na criança, estimulam o sistema imunológico de cada um a produzir anticorpos contra aqueles agentes específicos”, explica a pediatra Ana Carolina Brito.
Dessa forma, se em algum momento da vida a criança entrar em contato com o agente causador da doença que ela recebeu a vacina, ela não vai manifestar a doença, pois já adquiriu defesas contra ela, ou vai manifestar uma forma mais leve dessa doença, sendo assim mais fácil de tratar e com menos risco de sequelas e morte.
“A vacinação no Brasil não é obrigatória, por isso, os pais devem ser incentivados e esclarecidos sobre a importância de proteger as crianças durante a infância com o Cartão Vacinal completo, além da participação das campanhas de reforço de algumas vacinas, que devem acontecer anualmente até o quinto ano de vida da criança e sempre que houver surtos de alguma doença prevenível através de vacinação”, reforça a médica.
A médica explica que alguns pais se preocupam com o fato das vacinas serem injetáveis e causarem dor na sua administração. “Porém, é essa a maneira eficaz para uma ação efetiva e esse desconforto pode ser atenuado com compressa fria no local da aplicação, logo após ela aconteça”, reforça.
Como Prevenir as Reações?
Segundo a médica, as principais reações após sua administração são febres e alterações no comportamento, que pode variar de irritabilidade à sonolência. “Essas reações, geralmente surgem nas primeiras horas após a administração das vacinas e podem ser atenuadas com o uso de antitérmico e compressas”, disse.
Algumas crianças são alérgicas a componente da vacina e podem vir a apresentar coceira imediata ou até 30 minutos após a aplicação, dificuldade para respirar e sofrer de choque anafilático necessitando de socorro imediato.
“Em pacientes com alergia ao leite, alergia ao ovo, problemas cardíacos, problemas respiratórios graves, imunodeprimidos e prematuros extremos, há necessidade de vacinação especial, fora do calendário oficial de Vacinação, nos Centros de Referência de Imunológicos Especiais de cada cidade”, finalizou a médica.