O período de isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus provocou uma corrida por determinados medicamentos. Em junho, os medicamentos da classe terapêutica dos anti-helmínticos, utilizados no tratamento de diferentes parasitoses, saltaram para 14%, ante 2% no mesmo mês dos dois anos anteriores.
O dado provém do levantamento realizado pela Linx, líder e especialista em tecnologia para o varejo, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), a partir da coleta de dados das vendas de medicamentos em farmácias de junho dos últimos três anos (2020, 2019 e 2018).
O aumento pode ter sido consequência da busca pela Ivermectina, apesar da falta de comprovação científica para o uso. No geral, esta classe terapêutica cresceu mais de 10% em representatividade em comparação com os anos de 2018 e 2019.
A segunda classe mais vendida no período, com 12% de representatividade, foi a de anti-reumáticos, como a Hidroxicloroquina, e antiinflamatórios não esteroidais, como o Ibuprofeno. Empatados em segunda posição, também com 12%, estão os analgésicos e antipiréticos, como Dipirona sódica e Paracetamol, medicamentos antitérmicos que são utilizados no tratamento dos sintomas do Covid-19