Em pleno século XXI, ainda é necessário discutir o papel da mulher dentro da sociedade. Mesmo que tenhamos evoluído (e muito) no debate sobre os lugares que elas devem ocupar, há uma dificuldade comum a todas: conciliar a vida pessoal e a profissional dentro de um mercado que historicamente sempre favoreceu o sexo oposto.
Como forma de compensação histórica, hoje, as empresas têm avançado em termos de equidade de gênero. É um fato: cada vez mais, as corporações apostam em programas de diversidade e realizam a contratação de novas profissionais, realizam campanhas especiais para o treinamento delas e se preparam para inseri-las em cargos de liderança. Com isso, permitem a elas um salário cada vez melhor e que possibilita a existência de uma situação econômica favorável para exercer o cargo e ter um tempo de lazer.
E, para além da compensação – que é, sim, importante, temos de destacar –, esse esforço também traz um lado positivo para as próprias empresas: o investimento em profissionais capacitadas, talentosas e competentes. E, embora pareça, não é exagero dizer que, sim, as mulheres são mais capacitadas. E isso já é comprovado.
As mulheres têm mais escolaridade e seguem na luta para receber salários justos
Dados da pesquisa Estatísticas de Gênero: Indicadores Sociais das Mulheres no Brasil, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que, apesar de serem maioria com ensino superior, as mulheres recebem menos que os homens e, muitas vezes, não conquistam vagas equivalentes ao seu nível de escolaridade. O relatório de 2018 constava que as profissionais com ensino superior eram 23,5% em todo o país, ao passo que os homens eram 20,3%. E, mesmo assim, elas recebem cerca de 35% a menos do que eles.
Assim, não é mentira dizer que elas são mais capacitadas: são maioria nas universidades, tanto para a graduação, quanto para a pós-graduação. E, também por isso, o mercado tem percebido que já era a hora de equilibrar a balança, ainda que isso seja feito a passos de formiga.
Em todo esse equilíbrio, tem reaparecido uma necessidade já antiga: a conciliação entre o trabalho e a vida pessoal, em um cenário no qual as mulheres já trabalham tanto quanto os homens, mas ainda cumprem cargas de trabalho dentro de casa.
Conciliar a vida pessoal e profissional é um desafio
É importante destacar que a dificuldade que elas enfrentam também está bastante relacionada à jornada dupla ou tripla: além da profissão, também lidam com o serviço doméstico e o cuidado dos filhos.
No entanto, isso também tem mudado entre as empresas. Cientes das jornadas duplas ou triplas, as corporações têm dado às mulheres alguns benefícios e mais flexibilidade de horários, o que as permite exercer a profissão, maternidade e lazer com mais facilidade. E, ainda que haja muito a ser feito, essa é a grande diferença da evolução na sociedade feita nos últimos anos: se há algum tempo era impossível, hoje já se pode ser mulher e prestar um concurso PC SP, ser engenheira ou qualquer outra profissão, que antes era considerada exclusivamente masculina, ao mesmo tempo que é possível conciliar tudo isso e ser mãe e se sentir pertencente, segura e capaz de exercer sua profissão.
O importante é ter ciência dos seus direitos, aproveitar oportunidades sem nunca se esquecer que é necessário ter uma produtividade saudável, que mescle a vida pessoal e profissional de maneira cada vez mais harmônica.