De acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), aproximadamente, 30% dos brasileiros sofrem de alguma doença respiratória. A líder desse ranking é a rinite, a enfermidade mais prevalente do gênero, segundo o Ministério da Saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que pelo menos 40% da população global sofre do problema, seguido de longe pela asma, que afeta 20% do globo.
Podendo ou não ser de origem alérgica, a rinite é uma inflamação que atinge as mucosas do nariz quando elas entram em contato com algumas substâncias que o corpo rejeita, como a poeira, por exemplo. Independentemente do tipo, a doença costuma apresentar sintomas semelhantes, que na maioria dos casos se limita aos espirros frequentes e à coceira no nariz. Contudo, existem outros sintomas que também são causados pela rinite e podem passar despercebidos.
Os sintomas mais frequentes incluem nariz congestionado (devido ao inchaço das mucosas), coriza, espirros e coceira no nariz, garganta, olhos e céu da boca. O que muitos não sabem é que a rinite alérgica também pode causar sintomas dermatológicos, algo que está diretamente ligado à alergia. O surgimento de pregas (linhas finas) abaixo dos olhos é um dos sinais de que a pessoa está manifestando uma nova crise alérgica. Isso acontece porque quem sofre do problema tende a ter a pele mais seca e com menos lubrificação natural.
Os sintomas de rinite costumam se manifestar em dias mais frios, quando há uma exposição maior a ácaros, pelos, mofo, pólen, bactérias e vírus. Quem sofre de rinite alérgica geralmente já apresenta o problema na infância, devido ao sistema imunológico mais fragilizado das crianças, porém cada caso é um caso. Adolescentes, adultos e idosos não estão livres de manifestar a doença, então pode acontecer em qualquer fase da vida.
Por ser uma doença majoritariamente alérgica, não existe uma cura definitiva para a rinite, mas existem alternativas que ajudam a reduzir os riscos de manifestar uma crise. A primeira seria fazer uma lavagem nasal regularmente, sempre utilizando soluções salinas; isso ajuda a manter as mucosas limpas e a evitar o contato com substâncias que podem causar sua inflamação. A segunda seria realizar uma imunoterapia, tratamento à base de medicamentos que visa reduzir a sensibilidade do indivíduo às substâncias que lhe causam reações alérgicas.