O teste do pezinho é um exame feito na triagem neonatal, a partir de sangue coletado do calcanhar do bebê e que permite identificar doenças graves que não apresentam sintomas no nascimento. E, de acordo com o Ministério da Saúde (MS), se não forem tratadas cedo, podem causar sérios danos à saúde, inclusive retardo mental grave e irreversível.
Por isso a nutróloga infantil Adelma Figueiredo e colunista da ‘Nossos filhos’ da FolhaBV orientou para a importância do teste, nesta terça-feira (20).
“Vários dos erros metabólicos e das doenças [identificadas] tem tratamento. Para esse tratamento, a gente tem que dar o diagnóstico precoce, porque se não dermos, não vamos tratar precocemente. O que vai acontecer é que com poucos meses esse bebê pode desenvolver uma sequela. Dependendo de cada caso, se [a sequela] tiver tratamento, podemos iniciar o mesmo, mas o que já ficou afetado, sobretudo na questão neurológica, não conseguimos reparar”, disse a especialista.
O exame pode ser realizado, segundo a nutróloga, no segundo dia de vida do bebê e que o resultado seja coletado o mais rápido possível.
“Porque fazer o teste do pezinho e nunca colher o resultado, você também não começa o tratamento. Então eu peço, fique atenta e pegue esse resultado assim que o laboratório disponibilizar, seja do exame público ou privado. O que a gente vê muito na nossa prática, as vezes a criança chega com um ano, 9 meses e não tem o teste do pezinho. Foi feito, mas a mãe nunca foi pegar”, relatou Figueiredo.
O exame ainda deve ser anotado na caderneta de saúde da criança, no local especificado. Como também, a mãe ou responsável pode optar por escolher o tipo de teste. Até 2018 existiam três versões do teste do pezinho e o mais simples é capaz de diagnosticar até seis doenças. As outras duas podem detectar de 10 a 48 doenças.
Entre as doenças diagnosticadas com o exame, estão o hipotireoidismo congênito, a fenilcetonúria (doença do metabolismo) e as hemoglobinopatias (doenças que afetam o sangue).