O Ministério da Saúde incorporou ao SUS uma testagem molecular para diagnóstico mais rápido e preciso do vírus HPV e rastreamento do câncer do colo do útero. A portaria foi publicada nessa sexta-feira (08), no Diário Oficial da União.
A eliminação do câncer de colo de útero é prioridade do Ministério, uma vez que é um problema de saúde pública no Brasil. Segundo a pasta, a decisão de incorporar a estratégia para uso em todo o território nacional é um ganho para as mulheres, já que além de ser uma tecnologia eficaz para detecção e diagnóstico precoce, traz a vantagem do aumento do intervalo de realização do exame Papanicolau.
A atual forma atual de rastreio é realizada a cada três anos e em caso de detecção de alguma lesão, de forma anual. Com o uso da testagem molecular a recomendação de exame será a cada cinco anos.
“O câncer de colo de útero tem causa conhecida e ainda atinge muitas mulheres, principalmente, mulheres em situação de vulnerabilidade. Esse aumento na precisão, na eficiência e no intervalo do rastreamento é um grande ganho, já que facilita o acesso colocando uma inovação tecnológica de grande impacto à serviço da vida da população brasileira”, afirmou o Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, Carlos Gadelha
Quarta causa de óbito entre mulheres
Cerca de 17 mil mulheres são diagnosticadas com câncer de colo de útero no Brasil todos os anos, segundo estimativas. Apesar de ser uma doença que pode ser prevenida, ela segue como o quarto tipo de câncer mais comum e a quarta causa de óbito pela doença em mulheres, principalmente negras, pobres e com baixos níveis de educação formal.
