A medida mais efetiva para o controle do coronavírus (Covid-19) é o isolamento social, e que o uso de máscaras é imprescindível para saídas básicas necessárias – como ir ao supermercado ou alguma atividade essencial. Entretanto, a conversa é diferente quando o assunto é o uso do acessório em crianças menores de dois anos.Segundo comunicado da Anvisa de “Orientações Gerais – Máscaras faciais de uso não profissional” o acessório é contraindicado para “crianças menores de 2 anos, em pessoas com problemas respiratórios ou inconscientes, incapacitadas ou incapazes de remover a máscara sem assistência”.
De acordo com a pediatra Ana Carolina Brito, além da dificuldade em manusear o utensílio de proteção sem uma possível contaminação, a restrição para os bebês acontece também porque o pano da máscara pode causar perda de ar e eles não conseguem avisar aos pais sobre isso, como os maiores, e nem tirar o objeto sozinhos.
“Crianças de até 2 anos sofrem risco de sufocar com as máscaras tradicionais, pela imaturidade motora. Precisam de vigilância constante de um adulto, o mais seguro para proteger as crianças pequenas é respeitar o isolamento social e diante da necessidade de sair de casa, evitar se aproximar de aglomerações, ter garantias que os adultos estão usando máscaras e mantém a higiene das mãos rigorosas”, disse.
Segundo a médica, há sugestões de protetores faciais infantis, mas nenhum deles foi recomendado pelas autoridades sanitárias para crianças nessa faixa etária.
Uma dica para as crianças abaixo dessa faixa etária precise ser levada junto na saída de casa, é que os pais deem preferência para o transporte no carrinho, coberto com um tecido limpo ou ainda com a proteção de plástico que os carrinhos costumam ter para chuva e sol.