Saúde e Bem-estar

Vacina de farmacêutica americana mostra bons resultados em testes

Caso os estudos sejam bem-sucedidos, as empresas projetam fabricar 1,2 bilhão de doses até o final de 2021

A vacina experimental contra a Covid-19 produzida pela farmacêutica americana Pfizer e empresa de biotecnologia BioNTech demonstrou bons resultados em testes iniciais com humanos, informaram as empresas nesta quarta-feira (1º).

Esta é a quarta vacina que, mesmo em estágio inicial, demonstrou resultados promissores nos testes em humanos. Além dela, existem outras 16 sendo testadas.

Dentro desta lista, está a produzida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca. Já na terceira fase de pesquisas, tem testes sendo realizados no Brasil. Esta, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é a mais avançada em desenvolvimento contra a doença.

RESULTADOS

A vacina da Pfizer e BioNTech estimulou a resposta imune dos pacientes saudáveis, mas também causou efeitos colaterais, como febre, em doses mais altas.

O estudo foi randômico e testado em 45 voluntários que receberam três doses da vacina ou placebo; destes, 12 receberam uma dose de 10 microgramas, outros 12 tomaram 30 microgramas, mais 12 receberam uma dose de 100 microgramas e nove foram tratados com a versão em placebo da vacina.

A dose mais alta, de 100 microgramas, causou febre em metade dos participantes do teste — por conta dos efeitos colaterais, o grupo não recebeu uma segunda dose.

Depois de uma segunda dose da injeção três semanas depois da primeira, 8,3% dos participantes do grupo de 10 microgramas e 75% do grupo de 30 microgramas também tiveram febre. Outro sintoma apresentado foram distúrbios de sono. Os pesquisadores, no entanto, não consideraram os efeitos colaterais sérios e não resultaram em hospitalizações.

A vacina foi capaz de gerar anticorpos contra a covid-19 e alguns deles neutralizaram o vírus, o que pode significar que é capaz de parar o funcionamento dele, mas ainda não se sabe se esse nível mais alto de anticorpos é realmente capaz de gerar imunidade à doença. A Pfizer irá conduzir novos estudos em breve para provar que quem tomou a vacina é 50% menos vulnerável ao vírus.

De acordo com o co-fundador e CEO da BioNTech, Ugur Sahin, caso os estudos sejam bem-sucedidos e a vacina seja aprovada regularmente, as empresas projetam fabricar pelo menos 100 milhões de doses até o final de 2020 e potencialmente mais de 1,2 bilhão de doses até o final de 2021.

*Com informações do Exame