Em um momento tão importante como os nove meses de uma gravidez, se torna fundamental buscar formas de prevenção e cuidados tanto para as gestantes, quanto para os bebês. A imunização é essencial para garantir a saúde de ambos durante este período.
Durante a gestação, as mulheres sem tornam mais vulneráveis e apresentam uma imunidade mais baixa, como explica o clínico geral, Everton Walczak que atende em UBS’s de Boa Vista.
“A principal função da vacina é gerar uma resposta imunológica para paciente desenvolver imunidade e com isso evitar as formas mais graves da doença para qual elas são administradas. É importante que ela tenha os anticorpos para combater as doenças que pode vir a pegar e também repassar anticorpos para o bebê”, explicou Everton em entrevista à FolhaBV.
De acordo com ele, as mães que não sabem se tomaram todas as vacinas necessárias, as que perderam o cartão ou as que não têm o esquema vacinal completo, precisam garantir essa proteção. “Assim, afastam o risco de infecções e impedem a transmissão de doenças para o bebê”, completou.
Vacinas como Influenza e Covid também são de extrema importância para a mãe grávida. Isso porque a mulher fica imunodeficiente nessa fase da vida, ou seja, mais propensa a desenvolver formas graves do que quando não está gestante.
Esses imunizantes são oferecidos pelo SUS e podem ser encontrados nas Unidades Básicas de Saúde. Entre as vacinas indicadas para as gestantes estão:
Vacina dupla adulto (dT):
Potege mãe e filho contra tétano e difteria. Mesmo com esquema completo (três doses de dT ou dTpa) e/ou reforço com dT ou dTpa, a gestante deverá receber sempre 1 (uma) dose de dTpa a cada gestação. O tétano neonatal possui alta taxa de letalidade devido à contaminação do cordão umbilical durante o parto. A difteria pode causar obstrução respiratória, com alta taxa de mortalidade entre os recém-nascidos.
Vacina dTpa
Previne infecção de difteria, tétano e coqueluche.
Conhecida como tríplice bacteriana acelular do tipo adulto, é recomendada em todas as gestações. Deve ser aplicada a partir da vigésima semana de gestação e a cada gestação. Para aquelas que perderam a oportunidade de serem vacinadas durante a gestação, é importante administrar uma dose de dTpa no puerpério, o mais rapidamente possível.
Vacina hepatite B
Para gestantes em qualquer idade gestacional, é importante administrar 3 doses (0, 1 e 6 meses), considerando o histórico de vacinação anterior. Caso não seja possível completar o esquema vacinal durante a gestação, a mulher deverá concluir após o parto.
A hepatite B é uma doença causada por vírus e que pode ser transmitida da mulher para o bebê durante a gravidez, no momento do parto ou, até mesmo, durante a amamentação, a criança ingerir pequenas quantidades de sangue, em casos de fissuras nos mamilos da mãe. Ao longo da gestação, esta infecção aumenta o risco de parto prematuro.
Vacina influenza (gripe)
É recomendado administrar a vacina contra a gripe em qualquer idade gestacional para todas as gestantes e mulheres (até 42 dias após o parto), durante a campanha anual de vacinação.
A gestante é grupo de risco para as complicações da infecção pelo vírus influenza. A vacina está recomendada nos meses da sazonalidade do vírus, mesmo no primeiro trimestre de gravidez. Durante a gestação, as chances de sintomas graves e complicações são maiores, com alto índice de hospitalização.
Vacina Covid-19
Protege a mulher contra o vírus causador da Covid-19. É recomendada a aplicação dessa vacina em qualquer idade gestacional para todas as gestantes e mulheres no puerpério (até 42 dias após o parto).