O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, confirmou mais sete novos casos positivos confirmados de coronavírus na Venezuela, adicionando um total de 77 infectados. O anúncio foi feito na noite desse domingo (22).
Mais uma vez, ele ressaltou que os casos são importados, indicando que 21 são da Espanha; 10 da Colômbia; três dos Estados Unidos (EUA); três da República Dominicana; três casos da Itália; dois do Brasil e um do Peru.
Ele garantiu que o governo cortou “uma porcentagem muito alta da cadeia de transmissão do Covid-19 na Venezuela” e expressou que, se medidas radicais não fossem tomadas a esse respeito, 2,1 mil casos seriam registrados no país.
“Reduzimos a cadeia de transmissão para 3%”, ele esclareceu antes de avisar que as medidas serão mais radicalizadas, após a quarentena social no país.
Ele indicou que o decreto para proteger os venezuelanos nos lares era aceito, em sua opinião, por 85% da população dos sete primeiros estados isolados, o que incentivava a ativação da quarentena social no resto do país como um sistema de prevenção primária.
Quanto ao uso do metrô de Caracas, restrito ao setor priorizado durante a quarentena, ele enfatizou que ele foi reduzido para 3%; no entanto, ele exortou as autoridades dos meios de transporte a garantir o mesmo número de trens que foram dirigidos antes das medidas, a evitar aglomerações nos vagões e a manter um metro de distância entre cada usuário.
“Ainda pode ser uma fonte de contaminação. Quero manter o metrô como um serviço necessário para médicos, enfermeiros, trabalhadores que vão produzir em áreas prioritárias”, insistiu.
Ele também informou sobre a chegada, nesta semana, da primeira ajuda humanitária da Rússia.
Da mesma forma, aboliu o aluguel de casas e estabelecimentos comerciais por seis meses, afirmando que o Estado buscará mecanismos para evitar danos aos proprietários.
Também anunciou a suspensão do pagamento do principal e juros de empréstimos bancários por seis meses, além da suspensão do atraso no pagamento.
Finalmente, Maduro anunciou que iniciará uma campanha amanhã para exigir que os Estados Unidos levantem sanções contra o governo enquanto durar a crise da pandemia global.
Nesse sentido, ele instruiu o ministro das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, para procurar 200 venezuelanos que estão presos nos Estados Unidos e pediu ao governo dos Estados Unidos que permitisse o retorno dos passageiros.
No entanto, ele garantiu que eles têm remédios suficientes para atender casos que surgem na Venezuela e também informou que na próxima semana eles poderão ter dois milhões de testes para enganar casos suspeitos do vírus no país.
Por fim, pediu para reconhecer o trabalho das forças policiais e militares do país que “ajudaram a cumprir a quarentena social nas ruas” e agradeceu ao setor privado de saúde por seu apoio diante da situação.
*Com informações do jornal El Universal