O filme brasileiro “A Queda do Céu”, que lança luz sobre o povo indígena Yanomami, está programado para ter sua estreia durante o Festival de Cannes, na França. Dirigido por Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha, o documentário promete oferecer uma visão profunda e emocionante da cultura Yanomami, através do poderoso testemunho do xamã e líder Davi Kopenawa.
A estreia de “A Queda do Céu” em Cannes promete não apenas celebrar a riqueza cultural dos Yanomami, mas também lançar um olhar crítico sobre os desafios enfrentados pelos povos indígenas na contemporaneidade, oferecendo uma janela para uma compreensão mais profunda e empática da diversidade humana e ambiental.
Sinopse
“A Queda do Céu” mergulha na essência da comunidade Yanomami, destacando o ritual fúnebre Reahu, que convoca a participação coletiva da comunidade de Watorikɨ para segurar o céu. O filme, impulsionado pela perspectiva visionária de Davi Kopenawa, apresenta uma crítica contundente à invasão do mundo moderno na cultura indígena, abordando temas como a mercantilização, o garimpo ilegal e as epidemias introduzidas pelos forasteiros, conhecidas pelos Yanomami como “epidemias xawara”. Em meio a isso, a beleza da cosmologia Yanomami, com seus espíritos xapiri e sua resiliência geopolítica, surge como uma força que desafia os limites da imaginação.
Equipe Criativa
Por trás das lentes, estão os cineastas Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha. Rocha, cujo legado inclui ser filho do icônico diretor Glauber Rocha, já teve sua presença marcada em Cannes anteriormente. Em 2004, disputou a Palma de Ouro de melhor curta-metragem com “Quimera” e, em 2016, recebeu o prestigiado Olho de Ouro de melhor documentário por “Cinema Novo”, seu sétimo longa-metragem.