No mundo, o dia 25 de julho é lembrado como Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, econhecida pela ONU desde 1992. A data remete a um encontro que ocorreu na República Dominicana.
Pela primeira vez, ocorreu o 1º Encontro de Mulheres Negras da América Latina e do Caribe – momento no qual discutiram a realidade de suas vivências e se organizaram internacionalmente – foi marcado como um dia de luta pelas mulheres negras em todo o mundo.
No Brasil, dia 25 de julho é lembrado como Dia de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, data reconhecida pela legislação desde 2014.
Tereza de Banguela foi considerada um marco na luta contra a escravidão por ter liderado o quilombo Quariterê, próximo a Vila Bela da Santíssima Trindade, em Mato Grosso, na fronteira com a Bolívia, após a morte do marido José Piolho, que foi o primeiro líder do quilombo.
Ela uniu negros, brancos e indígenas para defender o território por muitos anos e foi ela a responsável pelo desenvolvimento do quilombo, implantando novos modelos de desenvolvimento, como o uso do ferro na agricultura.
Em Quariterê, Tereza liderou a resistência às ações de bandeirantes de 1730 a 1795, quando o espaço foi atacado e destruído, a mando da capitania regional. Tereza foi morta na prisão em 27 de junho de 1770, após a destruição do seu quilombo.