Comer frutas e legumes, beber muita água e fazer exercícios são hábitos indicados para prevenir doenças, mas nem sempre é fácil encaixá-los na rotina. Na campanha contra o câncer de mama de 2016, a Sociedade Brasileira de Mastologia vai frisar a importância de uma vida saudável como forma de combater o câncer de mama. Este ano, a estimativa é que 60 mil brasileiras sejam diagnosticadas com a doença, que é a que mais mata mulheres no País.
A campanha contra o câncer de mama da SBM aborda o tema “A vida pede atitude. Movimente-se: faça mamografia anualmente” e destaca que o diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento rápido e a cura da doença.
A iniciativa foi pensada a partir de uma pesquisa feita recentemente pela entidade, que mostra que o risco de desenvolver a doença aumenta em mulheres com excesso de gordura corporal no abdômen, na pré e na pós-menopausa.
A coordenadora da pesquisa, Jordana Carolina Marque Godinho Mota, que comparou grupos de mulheres atendidas no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, disse que os alimentos saudáveis ajudam a regular o metabolismo. Por outro lado, produtos açucarados, industrializados e gordurosos desregulam as funções do corpo.
“A alimentação inadequada altera hormônios corporais, como, por exemplo, a insulina. Quando aumenta a quantidade de insulina que o corpo precisa para absorver o açúcar no corpo, essa insulina pode agir na mama causando alteração, favorecendo o câncer”, explicou.
Com base nos dados, a pesquisadora constatou que a chance de desenvolver o câncer de mama cai de 74% para 49% em quem tem uma vida saudável. Ela recomenda que as mulheres já saiam de casa com a alimentação planejada para o dia todo, fazendo pequenas refeições a cada três horas, em média, evitando alimentos industrializados, refrigerantes, frituras e gorduras. As medidas, segundo Jordana, também valem para as pacientes que estão no tratamento contra a doença.
A SBM também incentiva os médicos a fazerem um atendimento completo, com paciência, além de defender a ampliação do acesso à mamografia, exame que depende de aparelho específico. Outra preocupação da entidade é a diminuição do tempo entre o diagnóstico e o tratamento, que não pode passar de 60 dias. As mulheres também têm direito a uma cirurgia reparadora, se necessária.
Fonte: Agência Brasil