A doença de Alzheimer é o tipo de demência mais comum e também é um termo geral usado para descrever as condições que ocorrem quando o cérebro não mais consegue funcionar corretamente. No Brasil, mais de um milhão de pessoas vivem com alguma forma de demência. Em todo o mundo, ao menos 44 milhões de pessoas vivem com demência.
Um diagnóstico de Alzheimer muda a vida da pessoa portadora da doença, além da vida de seus familiares e amigos, porém existem medidas que podem retardar os sintomas.
Nos estágios iniciais, os sintomas de demência podem ser mínimos, mas pioram conforme a doença causa mais danos ao cérebro. “A taxa de progresso da doença é variável conforme a pessoa, contudo, pessoas portadoras de Alzheimer vivem em média até oito anos após o início dos sintomas”, explica o médico psiquiatra Alberto Iglesias.
Apesar de não haver atualmente tratamentos que impeçam o progresso da doença de Alzheimer, há medicamentos para tratar os sintomas de demência. “Nas últimas três décadas, as pesquisas sobre demência proporcionaram uma compreensão muito mais profunda sobre como o Alzheimer afeta o cérebro. Hoje em dia, os pesquisadores continuam a buscar tratamentos mais eficientes e a cura, além de formas para impedir o Alzheimer e melhorar a saúde cerebral”, explica.
Problemas com a memória, dificuldade principalmente em lembrar informações recentemente aprendidas, são normalmente os primeiros sintomas da doença de Alzheimer.
“Conforme envelhecemos, nossos cérebros mudam e podemos ocasionalmente apresentar dificuldades para lembrar alguns detalhes. No entanto, a doença de Alzheimer e outras demências causam uma perda de memória e outros sintomas significativos o suficiente para interferir com a vida diária das pessoas. Esses sintomas não são naturais do envelhecimento”, diz.
Porém, ele relata que nem toda perda de memória é causada por Alzheimer.
“Se você ou alguém que você conhece está apresentando problemas de memória ou outros sintomas de demência, consulte um médico. Algumas causas de sintomas, tais como efeitos colaterais de medicamentos e deficiências de vitaminas, são reversíveis”, explica.
Não existe uma forma simples de detectar o Alzheimer. O diagnóstico requer um exame médico completo. Exames de sangue, testes de estado mental e imagiologia cerebral podem ser usados para determinar a causa dos sintomas.
“Se os seus pais ou irmãos desenvolverem Alzheimer, você tem uma maior probabilidade de também desenvolver a doença do que alguém que não tenha um parente de primeiro grau portador de Alzheimer. Os cientistas não compreendem completamente o que causa o Alzheimer nas famílias, mas fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida podem influenciar”, finalizou.
Tratamento
Embora atualmente não existam tratamentos disponíveis para impedir ou diminuir o ritmo dos danos cerebrais causados pela doença de Alzheimer, diversos medicamentos podem ajudar a melhorar temporariamente os sintomas de demência em algumas pessoas. Esses medicamentos funcionam aumentando os neurotransmissores no cérebro.
Além da perda de memória, os sintomas de Alzheimer incluem:
• Problemas para completar tarefas que antes eram fáceis.
• Dificuldades para a resolução de problemas.
• Mudanças no humor ou personalidade; afastamento de amigos e familiares.
• Problemas com a comunicação, tanto escrita como falada.
• Confusão sobre locais, pessoas e eventos.
• Alterações visuais, como problemas para entender imagens.
Fatores de risco de Alzheimer
• Idade. O avanço da idade é o maior fator de risco para o desenvolvimento da doença de Alzheimer. A maioria das pessoas diagnosticadas com Alzheimer tem 65 anos de idade ou mais.
• Membros da família com Alzheimer.
• Genética.
• Deficiência Cognitiva Leve
• Doença cardiovascular.
• Traumatismo craniano.
• Histórico médico da sua família
• Exame neurológico
• Testes cognitivos para avaliar a memória e o pensamento
• Exame de sangue (para descartar quaisquer outras possíveis causas dos sintomas)
• Imagiologia cerebral