Para driblar a crise, o casal Willian Ferreira, de 19 anos, e Layssa Amorin, de 17 anos, resolveram utilizar o artesanato para tirar uma renda extra. O casal pode ser visto nas praças e arraiais da cidade vendendo pequenos conjuntos de panelas feitas com latinhas de alumínio que normalmente iriam para o lixo.
O casal começou a criar as peças para presentear os familiares que gostavam de artesanato, porém com a renda apertada resolveram vender o seu material como uma forma de custear as despesas diárias. Utilizando tesoura, estilete, palha de aço, chaves de fenda e fitas isolantes eles transformam as latinhas em panelas de pressão e frigideiras usando muita criatividade. Uma das primeiras etapas para fazer artesanato com latinhas de alumínio é limpá-las bem, para retirar impurezas e restos de bebidas.
Segundo ele, o trabalho para cada conjunto chega a demorar cinco dias, pois é necessário muita delicadeza e cuidado. Apesar de ser difícil criar as peças, é ainda mais difícil vendê-las. “Estamos aproveitando o movimento do arraial para tentar vender as nossas obras, mas as pessoas estão mais interessadas em ir para comer e se divertir. Algumas pessoas acabam se interessando e compram, mas é realmente difícil vender em época de crise financeira”, comentou.
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O casal trabalha de forma informal, ele como eletricista ou pintor e ela como babá, mas estão desempregados. Para vender, ambos saem da zona rural do município de Boa Vista para o centro da cidade. As peças podem ser usadas como enfeite para cozinha, para decorar o chá de casa nova ou até mesmo para presentear alguém querido. Você encontra as peças para decorar sua casa pelo telefone 99112-0964.
Reciclagem
Para os que lutam contra a degradação do meio ambiente, reciclar alumínio evita que essa latinha seja jogada na natureza. O alumínio pode demorar de 100 a 500 anos para se degradar totalmente. Os problemas do aquecimento global também são amenizados com a reciclagem, já que o processo emite apenas 5% do gás carbônico que se emite na produção do alumínio primário, segundo levantamento da Associação Brasileira de Alumínio (Abal).
