Chirley Cantoria não sabe ao certo como tudo começou. Aproximadamente em 2011, a cantora passou por momentos difíceis, que fez com que ela precisasse se afastar dos palcos para cuidar de sua saúde. Ela foi diagnosticada com transtorno de ansiedade.
“Precisei me afastar durante anos, para lutar contra a doença e começar o tratamento”, relembra. A cantora de bolero sempre precisou enfrentar plateias. E gostava. Aliás, adorava. Era o tipo de artista que se dedicava a sua carreira e chegou a ter muitos fãs na década de 90, época em que ritmos como o bolero, MPB e músicas de serestas estavam em alta.
“Eu já percebia as coisas diferentes, a doença se apresenta devagarinho, quando os sintomas ficaram fortes, tive ataques de pânico. Eu adorava dormir no escuro, algo que eu não consigo mais, me dá uma sensação ruim”, contou.
Hoje, com resultados do tratamento, a cantora voltou aos palcos, que segundo ela é o momento onde o medo realmente passa. “Com o acompanhamento consegui equilibrar, voltar aos palcos. Mas é algo que preciso tomar conta para sempre. Sempre fico nervosa antes de me apresentar, mas quando subo no palco, me sinto tranquila e o nervosismo passa. Muitos artistas enfrentam isso”, disse.
Hoje a sua palavra de força é superação, e a música é o principal remédio para combater a doença. Ela se prepara para lançar um CD com músicas de ritmos clássicos como blues, jazz e boleros. Para produzir o álbum, a cantora vendeu seu carro.
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“A música é um sonho para mim, me desfiz de um carro para poder custear esse CD, que tem tudo que eu gosto, aqueles ritmos que fazem parte de mim. Produzi tudo, desde a capa, que me mostra com um sorriso, um sorriso daquela que apresenta o seu trabalho”, contou.
Leros e Boleros
O álbum recebeu o nome de Leros e Boleros e possui 12 faixas, entre elas: Blues do adeus, Café com sonhos, Flor do mandacaru, Lupicínia, Branco no samba, Canto das pedras, Tomara, Tom do Rio, Nortear, Sem a luz de luar, Morena bonita e Neto do nordeste.
Algumas músicas compostas por ela, outras por artistas renomados de Roraima como Zeca Preto, George Farias e Eliakin Rufino. “Músicas que fazem parte do meu repertório há muitos anos, entre elas, a ‘Neto do nordeste’, que tenho um carinho especial, fui uma das primeiras cantoras a interpretar essa música que também ganhou uma versão na voz de Ernandes Dantas”, relatou.
Contatos para shows ou para adquirir um CD, os interessados podem ligar para o telefone 99133-7366 ou 98115-6277.
