Estatísticas da violência contra a mulher viraram poesia na intenção de alertar para o problema. O sarau ficou por conta dos alunos do Campus Amajari do Instituto Federal de Roraima que prepararam programação especial em homenagem às servidoras, às alunas e às terceirizadas da unidade.
A programação, organizada pela Coordenação de Assistência Estudantil (Caes) e pela Comissão Interna de Saúde e Segurança do Servidor Público (Cissp), também serviu para demonstrar a luta das mulheres pelos seus direitos.
A programação contou apresentação de dança, música, poesia, teatro envolvendo temas relacionados à mulher. A professora Joelma Fernandes, doutora em Educação, palestrou sobre a “Mulher na ciência”.
Um mural em homenagem às servidoras foi disponibilizado no espaço da biblioteca. Para cada uma, a organização do evento pediu que respondessem às perguntas “Que mulher eu me tornei?” e “Como você se define hoje com todas as experiências que já viveu?”. As respostas, acompanhadas de fotografia, foram impressas e formaram o mural, que ficará disponível durante o mês de março.
Conforme o coordenador da Caes, Francisco Nascimento Moura, durante o sarau foram lidas mensagens enviadas pelas servidoras. “Foi um momento para mostrar às meninas as mulheres que estão próximas delas e que são tidas como referência. As mensagens eram lidas justamente para mostrar que elas [alunas] também são capazes de se tornarem mulheres fortes, vencedoras e de sucesso”, disse.
Outro ponto da programação foram os cartazes, fixados no corredor de acesso à biblioteca, abordando temas como violência contra a mulher, feminicídio e desigualdade de gênero. Segundo Moura, eles foram produzidos pelos alunos dos alojamentos, tanto do feminino quanto do masculino.
A professora Mariana Torres classificou o evento como muito emocionante, pois mostrou o desempenho de cada aluno nas apresentações. “Conseguiram mostrar como é a luta diária da mulher, seja em casa ou no trabalho, e nos fazer refletir como somos especiais e fortes. Parabenizo a organização pelo envolvimento dos alunos na atividade, porque, a partir daí, eles começam a compreender sobre o ser mulher, o quanto a gente é importante dentro de uma sociedade, e que nossas futuras irmãs, mulheres, que venham nas próximas gerações, possam usufruir seus direitos mais dignamente”, disse.