A cárie dentária é uma doença infecciosa, multifatorial e transmissível que acompanha a humanidade desde tempos imemoriais. De acordo com a implantodontista, Helen Suzane de Oliveira, ela resulta da colonização da superfície do esmalte por bactérias que produzem ácidos.
“Essa acidez é corrosiva e leva à perda mineral formando uma cavidade no dente cuja evolução, em casos extremos, corresponde à destruição de toda a coroa dentária” explica.
Segundo a especialista, a relação açúcar-cárie está muito bem documentada e não há qualquer dúvida quanto ao papel central do açúcar no processo dessa doença.
“A higiene bucal correta é uma das melhores maneiras de prevenir a cárie. Atualmente, o consumo elevado de açúcar é preocupante. Pois ele está presente em bolachas, refrigerantes, doces, bolos, balas, chicletes, sorvetes, etc. Por isso, é imprescindível escovar corretamente os dentes após as refeições, massageando a gengiva com creme dental que contenha flúor em sua composição e usar fio dental, que remove os restos de alimentos e a placa bacteriana nos locais onde a escova não alcança” ressalta.
Além disso, visitar o cirurgião-dentista periodicamente é uma maneira de evitar diversos problemas bucais.
“Isto porque muitos adultos pensam que apenas as crianças e adolescentes estão suscetíveis à cárie e não dão a devida atenção à importância de se manter uma boa higiene bucal ao longo de toda a vida. À medida que ficamos mais velhos, a cárie em volta das restaurações e na raiz dos dentes se tornam mais comuns, podendo complicar outras doenças, como diabetes e problemas cardíacos”, ressalta.
Dicas para evitar as cáries
A cirurgiã-dentista, Helen Suzane Oliveira, especialista em Implantodontia e Saúde Pública recomenda alguns passos para diminuir os riscos de contrair a doença cárie:
– É imperioso marcar consultas periódicas com seu cirurgião-dentista para avaliação e tratamento da doença;
– Fazer uso do fio dental antes e após a escovação, pois a remoção da placa bacteriana entre os dentes mantém a gengiva saudável.
– Escovar os dentes com uma escova dental macia ou extra macia de cabeça pequena após cada refeição para remover o biofilme oral que contém as bactérias causadoras de cárie.
– Utilizar uma quantidade mínima de creme dental com flúor (equivalente ao tamanho de uma ervilha).
– Escovar a língua e bochechas para evitar acúmulo de bactérias.
– Limitar a ingestão de alimentos ricos em açúcar, alimentos grudentos e bebidas açucaradas entre as refeições.
– Beber água para aumentar a salivação, pois é um enxaguante natural do nosso organismo.
“A escovação noturna é a mais importante porque à noite a salivação diminui aumentando o risco de desenvolver a doença cárie. Se perceber que tem pouca salivação procure um profissional para orientações, pois a xerostomia (boca seca) é a falta de salivação e pode aumentar a incidência de cárie”, comenta.
É possível visualizar manchas brancas ou castanhas nos dentes ou entre os dentes. Os sintomas iniciais são o aumento da sensibilidade a comidas frias e/ou doces ou bebidas. “Se a doença alcançar um estágio avançado estas manchas evoluem para cavidades e os sintomas (dor aguda, abscesso – inchaço da face, mau hálito, etc.) começam a incomodar podendo até causar a perda do dente” relata.
Se o fio dental ficar preso entre os dentes pode ser sinal de lesão de cárie. Identificar uma lesão de forma precoce, evita um dano maior à cavidade bucal. “A melhor maneira de saber da presença ou não de cárie é visitar o seu dentista, pois existem regiões que somente o profissional e com auxílio de raio-x pode detectar”, finaliza a especialista.