As doenças renais surgem de forma silenciosa. Quando apresentam os sintomas, já podem estar em estado avançado, quando os tratamentos possíveis são a diálise ou um transplante de rim. É nesse momento que entra em cena o médico nefrologista, responsável por estudar doenças do sistema urinário e a funcionalidade do rim.
De acordo com a médica nefrologista Christiany Almeida, a especialidade é dedicada ao diagnóstico e tratamento clínico de doenças do sistema urinário, principalmente de doenças relacionadas ao rim.
Como qualquer enfermidade, prevenção é sempre a melhor forma de lidar com a doença. Fazer exames de rotina é a forma mais indicada de evitar problemas irreversíveis.
“O paciente deve procurar a ajuda do nefrologista quando apresentar infecções urinárias, dores na região lombar, alteração na urina, apresentação de cistos ou pedras renais, e até mesmo doenças ligadas à pressão arterial – quando o paciente mesmo com medicação não consegue regular-, esses são os principais sintomas de uma doença renal que precisa ser investigada”, explica.
Recomenda-se que pacientes com mais de 40 anos façam anualmente uma consulta médica com um médico nefrologista e façam os exames de dosagem da creatinina no sangue e o exame de urina.
Para pacientes com diabetes, pressão alta, história familiar de problemas renais, pedra nos rins, história de nefrites ou infecção na infância recomenda-se consulta e seguimento do tratamento com um médico nefrologista.
“Sintomas como inchaço nas pernas, e inchaço no rosto também podem apresentar doenças renais. Entre os principais sintomas estão a anemia, dificuldade para ir ao banheiro e urina com coloração diferenciada”, reforça.
Aumento de doenças renais
A estimativa é que doenças renais afetem um em cada cinco homens e uma em cada quatro mulheres com idade entre 65 e 74 anos, sendo que metade da população com 75 anos ou mais sofre algum grau da doença.
“Nos últimos anos, houve um aumento quantitativo de doenças renais devido principalmente a maior incidência de casos de diabetes e hipertensão. Apesar disso, existe também um aumento na expectativa de vida desses pacientes, que conseguem viver por mais tempo mesmo com as complicações como é o caso da insuficiência renal que leva o paciente a fazer diálise”, contou.