Conheça grandes histórias sobre amizade e companheirismo

O Dia do Amigo é comemorado hoje (20) no Brasil, uma data dedicada a cultivar os laços de companheirismo e a demonstrar afeto pelos mais próximos.  Após as redes sociais, cada vez mais a data vem ganhando significado entre as pessoas que chegam a comemorar com presentes e encontros. A Folha selecionou algumas amizades de longa data para uma matéria especial.

Amigos irmãos

Quem disse que amigos não podem ser irmãos? Raniere e Romildo Carvalho provam o contrário, os dois já passaram por desentendimentos e ficaram até anos sem se falar. Porém, o amor falou mais alto, e voltaram a ser melhores amigos. Os dois ainda têm outros três irmãos que fazem a família ter um clima de amizade. Mas os irmãos são aqueles que não passam um final de semana sem se encontrar.

Segundo Raniere, o irmão teve um problema sério de saúde e ele se dispôs a ser o doador de seu rim. “Meu irmão, meu amigo! Ele é dez anos mais velho que eu. Quando criança, adorava jogar futebol e ele era meu companheiro no quintal de casa, éramos adversários também no tênis de mesa, no dominó, sempre fomos muito competitivos , ano passado ele ficou muito doente e talvez precisasse de um rim, e eu estava disposto a doar meu rim só para ver meu irmão bem. Somos amigos, temos nossas diferenças no futebol, na política, porém, nos amamos e isso é o que vale”, contou.

Amigos Virtuais

Camila Barbosa conheceu suas madrinhas na comunidade do Orkut ‘Abro a geladeira para pensar’ onde encontrou afinidade com pessoas de todo o Brasil. A amizade rendeu e assim se passaram dez anos. O grupo se conheceu pessoalmente no casamento de Camila, onde todos viajaram até Boa Vista para o grande dia.

“Temos 10 anos de amizade virtual, nos falamos todo santo dia pelo whats ou qualquer outro meio de comunicação, somos um grande grupo de amigos, que consideramos uma grande família”, explica Camila.

Amigas da Faculdade

Marta Gardênia e Ana Cláudia Hage já se conheciam desde antes de morar em Boa Vista, mas quando passaram para o curso de jornalismo, em 2000, foi que se tornaram verdadeiras amigas. Foi nos encontros diários em sala de aula que as duas começaram uma grande amizade que ultrapassou o campus.

“Eu já tinha tido contato com ela em Brasília, eu devia ter nove anos e ela dez. Aos 18 anos, vim para Roraima fazer vestibular e soube que ela tinha passado para Jornalismo junto comigo. Ficamos amigas, fui madrinha de casamento dela e ela do meu. São 16 anos de amizade muito forte”, contou.

Ana Cláudia disse que durante a faculdade, as duas conseguiram um estádio para publicar a página ‘Valeu’ de universitários. “Ela é super do bem, e toda vez que estamos juntas sentimos essa energia boa, gostosa, da nossa amizade”, completa.

Amigas de infância

Não é apenas de estilo e cabelos coloridos que se faz uma boa amizade, pelo contrário. As amigas Laíse Almeida e Luisa Orihuela são apaixonadas por fotografia, artes, cultura e vários outros assuntos. As duas são conhecidas por suas produções fotográficas que fazem em parceria. Mas a amizade, assim como a paixão pela ‘nerdice’ não surgiu de uma hora para outra.

Foi na infância que tudo começou, entre as brincadeiras e fantasias já mostrava um pouco do que elas se tornariam quando adultas. “Tudo na vida vai mudando. Mas algumas coisas, mesmo com o passar do tempo, continuam iguais”, explica Laíse.

Para Luísa, o segredo da amizade é o respeito e admiração. “Às vezes não estamos na mesma roda de amigos em uma festa, mas tenho confiança, se algo acontecer, seremos a primeira a oferecer ajudar e defender a outra. Acho que ela é uma irmã que eu tenho na vida”, comenta.