A Páscoa traz consigo várias tradições, entre elas comer o chocolate no domingo. São muitas as maneiras que ele pode ser consumido. Ovos, bombons, ovinhos, em barra, seja como for, ele é bem comum entre nós, mas é preciso tomar cuidado com este alimento.
Segundo a nutricionista Talita Nascimento, o melhor chocolate a ser consumido é o amargo, que tem maiores quantidades de cacau e, por isso, mais benefícios ao organismo. A quantidade indicada não deve ultrapassar 30 gramas por dia, o equivalente a uma barra pequena ou dois bombons.
“Ao utilizá-lo no preparo de ovos, trufas, bolos e outros doces, é preciso uma atenção maior: além de aumentar o número de gorduras e calorias da sobremesa, o chocolate pode perder os nutrientes quando muito aquecido” explicou.
Os chocolates possuem uma grande quantidade de gordura e alto teor calórico, que acabam causando sérios problemas à saúde, como a obesidade. “O ideal é optar pelos chocolates com maior teor de cacau, no caso os mais amargos e sempre analisar atentamente os rótulos nutricionais”, disse a nutricionista.
Para os diabéticos o cuidado é redobrado, o doce pode se tornar uma bomba relógio. “Aqueles que usam insulina e contam a quantidade de carboidratos consumidos diariamente, podem consumir qualquer tipo de chocolate, desde que calcule os gramas de carboidratos consumidos e façam a aplicação da insulina necessária para o determinado consumo. Já os que não usam, a indicação é que consumam apenas o chocolate diet, mas estando sempre atentos aos teores de calorias e gorduras na embalagem do produto”, explicou.
Uma dica para quem vai extrapolar a dieta e se esbaldar no chocolate é preparações mais saudáveis no almoço de páscoa, com muita salada colorida, legumes, carne branca como peixe, frango ou aves. Outra dica importante é sempre dar preferência aos alimentos integrais que possuem mais nutrientes, como o arroz integral.
Pegando o embalo do peixe da Sexta-Feira Santa, consumir o peixe traz benefícios ao organismo, trazendo todos os seus nutrientes como vitamina B1, D, sódio, magnésio, proteínas, além de ácidos graxos ômegas 3 e 6 que são grandes combatentes de doença cardiovascular. O alimento ainda possui a gordura insaturada que é o tipo de gordura que não aumenta o colesterol sanguíneo.
“Por serem ricos em aminoácidos, essenciais substâncias não produzidas pelo nosso organismo, os peixes possuem proteínas com valor nutritivo ligeiramente superior ao das carnes vermelhas (como as de boi e porco). Além disso, as proteínas dos peixes são de alta digestibilidade, favorecendo o processo de digestão”, reforçou.
Em geral, os peixes possuem menos gordura que a maioria das carnes bovinas e suínas. Eles apresentam boas concentrações de vitaminas lipossolúveis como A, E e, principalmente, D. Também são ricos em vitaminas hidrossolúveis (solúveis em água) como niacina – presente nas reações químicas de liberação de energia em nosso corpo – e ácido pantotênico – essencial no metabolismo de proteínas, carboidratos e gorduras.
Chocolate diet e light
Os produtos diet são aqueles isentos de algum nutriente (açúcar, gordura, sódio, proteína, colesterol, etc.), mas não necessariamente com redução de calorias. Eles foram desenvolvidos, principalmente, para pessoas que têm restrição a um determinado nutriente. Pessoas que desejam eliminar peso devem ficar atentas a esses produtos, pois muitos deles têm mais calorias que o produto tradicional.
“Um exemplo disso é o chocolate diet, ele é assim chamado por não ter açúcar em sua composição, mas em contrapartida ele contém mais gordura que o chocolate comum, portanto, possui mais calorias”, explicou. Esses chocolates são indicados somente para diabéticos.
Os diabéticos também devem tomar cuidado com os alimentos diet, muitos são considerados diet por não conterem gordura em sua composição, mas têm açúcar e devem ser evitados. “Os produtos light são mais indicados para pessoas em dietas de controle de calorias e os diet para pessoas com restrição de algum nutriente (carboidrato, gordura, colesterol, açúcar, etc.). Por isso é essencial sempre ler o rótulo do produto e verificar se vale a pena levá-lo no lugar do produto tradicional e se ele atende as suas necessidades”, finalizou.