Como parte do grupo de risco, o cuidado com os avós deve ser redobrado. Foi pensando nisso que os netos da Dona Nadir Maria da Silva decidiram comemorar a data com telechamada. No Brasil, o Dia dos Avós é comemorado a 26 de julho.
“Ainda teve primos e primas que perguntaram o que faríamos em homenagem a ela hoje, mas acho que nossa maior homenagem e demonstração de amor, é cada um ficar em casa. Mas estamos pensando em fazermos vídeo-chamada com ela, pois ela gosta e sempre interage também”, explicou Mayara Aragão, uma das netas da matriarca que é conhecida pelas tradicionais festas no bairro Calungá, onde todos os anos se reúnem para organizar uma ação de graças.
Ela lembra que a avó gosta de estar rodeada de pessoas para contar muitas histórias. Mas devido a pandemia, o contato precisa ser a distância, e por telefone.
“Um dia ela ajudou a cuidar de cada um de nós, com seu jeitinho lindo e dedicada em tudo como sempre foi e é até hoje. Hoje ela tem 91 anos, seus passos já são lentos e agora os papéis se inverteram, pois nós que cuidamos dela, com dedicação, carinho e muito amor!”, contou Mayara.
Esse ano, os familiares fizeram uma grande festa na rua da casa onde ela mora. Mas para isso precisaram manter a distância. “Nós nos vimos apenas pelo portão, queremos que ela sempre seja lembrada e saiba de sua importância para nós”, contou a neta
Origem da data
No Brasil, o Dia dos Avós é comemorado a 26 de julho, tendo sido esta data escolhida por referência à comemoração do dia de Santa Ana e São Joaquim, que, segundo a tradição da igreja católica e evangelhos apócrifos (não reconhecidos como legítimos) seriam pais de Maria e portanto avós de Jesus Cristo.
Antes da pandemia, filhos e netos se reuniam todos os anos para comemorar a data (Foto: Arquivo pessoal)
Avós têm razão em estar em alerta e serem cuidadosos, mas a contaminação não significa uma sentença de morte, segundo o médico Joel Terra. Ele testemunha que a possibilidade da infecção tem elevado a tensão entre os mais velhos, mas é necessário, sobretudo, fazer a prevenção adequada.
“O melhor instrumento que temos hoje é a teleconferência, cada um na sua casa demonstrando amor e afeto pelas mães portelechamada” explica o médico infectologista.