A Diocese de Roraima fará nesta quarta-feira, o lançamento de duas obras que trazem os registros do Vale do Rio Branco. O evento é em comemoração aos 74 anos de criação do Território Federal do Rio Branco e a instalação da capital Boa Vista do Rio Branco.
As obras são compostas de relatos feitos por dois missionários beneditinos, Dom Pedro Eggerarth e o missionário Alcuíno Meyer. Ambos foram bispos de Roraima, na década de 1920.
As obras estavam esquecidas nos arquivos do Mosteiro de São Bento, nos estados de São Paulo e Rio de janeiro. O pesquisador Carlos Alberto Pavelegini, chefe da divisão de patrimônio histórico de Boa Vista, trabalhou durante cinco anos para resgatar os escritos.
O pesquisador destaca que, os missionários fazem parte da história de Roraima e tiveram, inclusive, participação no traçado da cidade de Boa Vista, que depois foi complementado pelo arquiteto Darcy Derenusson.
“É importante que a sociedade realmente conheça quem realmente contribuiu para a ocupação do Vale do Rio Branco, como era nos séculos passados, a vila, como funcionava aqui, entender o trabalho de Dom Alcuíno e Dom Pedro, da sociedade aqui institucionalizada, para que as pessoas tomem pé, não só reconheçam, mas também respeitem”, disse Pavelegini.
O bispo de Roraima, Mário Antônio da Silva, ressalta que a história é o fundamento da nossa vida e da nossa existência. Para ele, o resgate dos escritos dos monges beneditinos mostram um pouco de como começou o trabalho da igreja em Roraima.
Carlos Alberto lembra que o material traz conteúdo inédito, inclusive imagens da época. Ele ressalta que, as obras não poderão ser comercializadas, pois fazem parte do patrimônio histórico da Diocese de Roraima, todavia a sociedade em geral terá acesso ao material de forma virtual. Prontamente serão disponibilizados em formato e-book.