A roda de capoeira é uma das mais belas demonstrações da expressão cultural brasileira, sendo reconhecida como Patrimônio Cultural do Brasil e da Humanidade. Em Roraima, a Roda da Igreja Matriz é a que está em atividade há mais tempo em Boa Vista.
Um documentário com direção de Gresliz Aguilera e Márcio Akira conta a história do movimento após ser contemplado pelo Governo de Roraima, por meio da Secretaria de Cultura com recursos da Lei Aldir Blanc no Prêmio Joel Rodrigues de Cultura Popular e Afro-brasileira.
O documentário está disponível por meio do link.
De acordo com o coordenador da roda da Matriz, Márcio Akira, o grupo teve início em 2011. “A roda de rua remete às antigas tradições da capoeira, onde os praticantes se encontravam para trocar experiências e manter a camaradagem. Com esse intuito de uma capoeira para a integração dos estilos e escolas, a roda já recebeu mais de 1.000 capoeiras das mais diversas regiões do Brasil e exterior”, complementou.
Ele conta que a Roda da Igreja já foi tema de documentário, reportagem, temas em livros e exposições fotográficas.
“O diferencial do trabalho é o registro, preservação e difusão da Roda da Igreja Matriz como Patrimônio Cultural do Brasil. Os estudos, pesquisas e os registros sobre a capoeira em Roraima são recentes. Vale ressaltar ainda que, atualmente, a Roda passou a ser ponto de encontro da capoeira do Estado, muito pela sensibilização dos Mestres e lideranças que a capoeira deve ser praticada como instrumento de integração social e paz”, disse Márcio.
DOCUMENTÁRIO
O filme quer difundir a Roda da Igreja Matriz pela produção e promoção do vídeo alusivo aos 10 anos da atividade. A Roda da Igreja Matriz é a roda de ‘rua’ em atividade, mais antiga de Boa Vista, recebendo capoeiras de todas as escolas e associações do estado e de outras regiões.
Para o secretário Sherisson Oliveira, por meio do documentário é possível conhecer um pouco da Cultura Popular e Afro-brasileira por meio da roda da igreja matriz.
“No filme conhecemos, os mestres de capoeira, os alunos, as histórias e aprendizados. Vale ressaltar que o filme contou com recursos da lei Aldir Blanc. A Lei Aldir Blanc é fruto de uma forte mobilização social do campo artístico e cultural brasileiro, resultado de uma construção coletiva junto com o governo de Roraima que possibilitou investimentos para assegurar a produção, criação, formação e circulação de serviços culturais”, ressaltou.