A Assembleia ordinária da Associação Roraimense de Cinema e Produção Audiovisual Independente ocorreu no Instituto de Geociências da Universidade Federal de Roraima (UFRR). Criada em 2004, a Associação Curta Roraima passa a ser chamada de Associação Roraimense de Cinema, com vistas a profissionalizar ainda mais o movimento e agregar outras formas de produção audiovisual, incorporando novas tecnologias e meios de distribuição do produto fílmico.
Segundo o presidente reeleito, jornalista Éder Santos, os cineastas e produtores de audiovisual atravessam um momento importante no debate sobre as políticas culturais. “A produção cinematográfica está sendo incentivada com a aprovação de Leis Federais emergenciais e de incentivo. Precisamos estar atentos na construção de políticas locais que favoreçam a produção, formação, distribuição e exibição dos filmes produzidos em Roraima”, disse.
Para o vice-presidente Thiago Bríglia, a entidade vem dinamizando a participação de profissionais do cinema e reforçando a ampliação da representação feminina. “O cinema é plural. E nossa diretoria está comprometida para que essa diversidade também esteja presente em nossa associação, estimulando a participação de cineastas mulheres, pessoas não-binárias entre outros, considerando que historicamente o setor do audiovisual é predominantemente ocupado por homens”, disse.
“Essa consciência social, cultural e política inclusiva deve ser marca registrada de quem trabalha com arte, seja no cinema ou em qualquer outro segmento”, continuou.
Durante encontro, os membros efetivos aprovaram a reformulação do Estatuto, discutiram as vantagens e desafios das Leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc, a criação do Dia do Cinema Roraimense (05 de novembro), o Prêmio de Cinema e as possíveis audiências com os pré-candidatos ao Governo.
A Associação atua na formação e no incentivo à qualificação do produtor audiovisual, já que em Roraima, ainda não existem faculdades de cinema, apenas cursos de curta e média duração, por isso, muitos profissionais precisam se capacitar fora do estado. “Nosso desafio é articular o fomento a esse processo de formação do profissional do audiovisual com outras instâncias do estado e do mercado, fato que exige pensar também políticas públicas importantes para melhoria do que vem sendo produzido, do roteiro à exibição”, ressaltou o presidente Éder Santos.
A entidade conta atualmente com 30 membros que contribuem com o debate sobre política cultural audiovisual e que têm se destacado ganhando prêmios pelo Brasil e o mundo, participando de mostras e festivais. O objetivo é a promoção da produção de cinema, incluindo filmes e séries de gênero ficcional, documental, experimental e de animação, estimulando outras técnicas de produções e exibições audiovisuais.