A rotina de esterilização dos instrumentais deve ser realizada logo após cada procedimento para evitar contaminações ao paciente. De acordo com a Implantodontista Helen Suzane Oliveira, testes microbiológicos demonstraram que todos os instrumentos dispostos na bandeja, para cirurgia ou outro tratamento qualquer, ficam contaminados após atendimento, mesmo aqueles que não foram usados.
“Tão importante quanto o aprimoramento técnico e científico é a conscientização dos riscos de contaminação durante o atendimento odontológico. A cada dia, pesquisas vêm demonstrando que, em todos os instrumentos odontológicos, dos mais simples aos mais sofisticados, esconde-se um universo de microrganismos patogênicos. Daí a importância de o paciente saber e entender estes riscos”, informou.
Ela explica que em cada clínica odontológica, a infecção cruzada, que é a transmissão de microorganismos de pessoa a pessoa (paciente-profissional, paciente-paciente e profissional-profissional) através de contaminação aérea, de objetos ou instrumentos contaminados é dada através de três veículos, sendo eles sangue, saliva e instrumental contaminado e duas vias de contaminação: Inalação (spray de aerossol das turbinas) e Inoculação (perfurocortantes).
A especialista relata que dentre as doenças é possível contrair a catapora, conjuntivite herpética, herpes simples, herpes zoster, mononucleose infecciosa, sarampo, rubéola, pneumonia, papilomavírus humano, HIV, tuberculose, além das hepatites tipo C e B.
Além dos pacientes, os cirurgiões dentistas são, respectivamente, 13 e 6 vezes mais suscetíveis de contraí-los. “Seja para evitar a contaminação do profissional ou a contaminação do paciente, a biossegurança nos consultórios odontológicos é mais valorizada a cada dia”, relata.
Segundo ela, a biossegurança em Odontologia é o conjunto de procedimentos adaptados no consultório com o objetivo de dar proteção e segurança ao paciente, ao profissional e também à sua equipe.
“O único meio de prevenir a transmissão de doenças é o emprego de medidas de controle de infecção como equipamento de proteção individual (EPI), esterilização dos instrumentais, desinfecção do equipamento e ambiente, antissepsia da boca do paciente”, conta.
São essenciais a padronização e a manutenção das medidas de biossegurança como forma eficaz de redução de risco de infecção cruzada e transmissão de doenças infecciosas. “Afinal, ninguém merece entrar num ambiente para um tratamento odontológico e sair com uma doença. Tanto o cirurgião dentista e sua equipe quanto o paciente, todo cuidado é pouco, acredite”, reforçou.