Exposição de obras de Cardoso segue até esta segunda-feira

A Mostra Especial: Cardoso – In Memorian, homenagem póstuma do Governo de Roraima ao artista plástico Augusto Cardoso, permanece aberta para visitação, no Palácio Senador Hélio Campos, até esta segunda-feira, 16. Conforme o secretário de Cultura, Sherisson Oliveira, a ampliação do tempo da Mostra ocorre a pedido do público.  

“Devido à grande procura e aos pedidos feitos pelas redes sociais para ampliação dos dias da exposição, o governador Antonio Denarium decidiu prorrogar por mais um dia, para que essas pessoas possam conhecer um pouco mais as obras desse artista que tanto contribuiu com a cultura roraimense”, explicou.

Dentre as pessoas que apreciaram a exposição, desde a noite de quinta-feira, 12, até o início da noite deste domingo, 15, mais de 200 registraram a presença no livro de visitas.

Com traços marcantes, cores fortes e alegres, o artista roraimense retratou as belezas naturais do Estado, dentre elas, os buritizais, o Monte Roraima, a Amazônia, a cultura indígena, além de pinturas surreais, o sacro e o profano permeiam sua arte.

A psicóloga Márcia Quintela visitou a Mostra neste domingo. Ela ficou surpresa e destacou a oportunidade para ter uma visão geral das obras do artista. “Eu me surpreendi porque tem estilos dele que eu não conhecia. Conhecia mais a parte indígena e a sacra. Essa parte surrealista nunca tinha visto. É muito bonito e é uma oportunidade única de ver o contexto geral. Realmente são belíssimas”.

O secretário Sherisson destacou as características das obras do pintor e a contribuição dele para a arte roraimense por mais de 40 anos.   “Um surrealista com traços regionais. Boa parte das suas obras é relacionada à Amazônia. Ele retrata isso de uma maneira muito marcante”, frisou.

 Parceria de longa data

O fotógrafo Jorge Macêdo se emocionou ao visitar, no sábado, 14, a exposição do artista e amigo e lembrou-se de longas horas em sua companhia, registrando com suas lentes o pintor em momentos de criação em seu ateliê.

Jorge contou que participava muita da vida de Augusto Cardoso, no trabalho ou na casa dele. “Ficávamos horas e horas no estúdio, ele pintando e eu fotografando. Era um grande amigo meu desde os anos 80, quando a gente se conheceu e passei a fotografar suas obras. Acho que coincide com o período do início do movimento Cultural Roraimeira. Comecei a fotografar todas as obras dele e chegamos a trabalhar juntos vários anos no antigo Museu Integrado de Roraima”, disse emocionado.  

Jorge Macêdo falou da genialidade do pintor e ressaltou que ele não era um artista somente regional e que era admirado por muitas pessoas em diferentes lugares.

 “Os quadros do Cardoso estão espalhados pelo mundo e ele é admirado por muitos. Não é mais um artista regional, é um artista internacional. Ele passeava por várias técnicas, por vários estilos, inclusive futurista e tem obras fantásticas. Estou meio emocionado ao falar do meu amigo que se foi prematuramente e deixou muita saudade”, concluiu.