Após dois anos de pandemia, a comunidade indígena Tabalascada confirmou que vai voltar a realizar o Festival do Beijú. A 11ª edição será nos dias 1, 2 e 3 de dezembro, na região Serra da Lua, no Município de Cantá, às margens da rodovia federal BR-432, a 26 quilômetros da capital Boa Vista.
Sem ser realizado há dois anos por causa da pandemia da Covid-19, o festival visa fortalecer a cultura dos povos wapichana e macuxi da localidade, e dos moradores de Cantá e Boa Vista, que frequentam a Terra Indígena Tabalascada. A festa costuma atrair milhares de visitantes.
A programação do evento inclui disputas de competições tradicionais indígenas, como: arco e flecha, trança de darruana, corridas pedestre, com tora e do anikê, estilingue (baladeira), dança do parixara, comida de beijú, cabo de guerra, fiar algodão, rala mandioca, subida na bacabeira e bebida de caxiri. Tem ainda futebol de campo masculino e society feminino.
Em todas as noites, haverá atrações culturais, como a escolha da rainha do festival, apresentação de teatro e dança.
O evento foi criado em 2005 pela Prefeitura de Cantá, para valorizar o beijú de mandioca, um dos principais alimentos dos povos indígenas de Roraima, que ainda acompanha outro elemento importante, a damurida.
Os povos indígenas da Serra da Lua vivem em terras indígenas demarcadas em ilhas, em que grande parte do território é reduzido a pequenas porções de terras. Mesmo assim, eles procuram manter vivas as tradições e costumes, e levar aos mais jovens indígenas e não-indígenas o conhecimento da realidade dos povos que residem em Roraima.