Tom e Elisa veem sua rotina se transformar com o nascimento de sua filha Laura. A adaptação de Tom à nova vida interfere no vínculo do casal, além de mexer com a relação com sua mãe, Gladys, que o criou sozinha. Esse é a sinopse do filme Papai é pop estrelado por Lazaro Ramos e Paola de Oliveira que estreia nos cinemas nesta quinta-feira, 11.
O longa é livremente inspirado no best-seller homônimo de Marcos Piangers e conta ainda com Elisa Lucinda, Leandro Ramos e Dadá Coelho no elenco. A direção fica por conta de Caito Ortiz com roteiro de Ricardo Hofstetter.
O filme mostra ao público situações emocionantes e divertidas na busca de Tom por uma transformação interior, que afeta não só a sua vida como a de toda a família.
A trajetória do protagonista traz ainda uma reflexão sobre o que a sociedade enxerga como um pai presente (Foto: Divulgação)
Entrevista exclusiva
Em entrevista exclusiva à FolhaBV, Marcos Piangers aponta as semelhanças que possui com o personagem Tom, interpretado por Lázaro Ramos.
“Ambos não tivemos pai A ausência paterna nos constitui seres incompletos, sem referencial do que é ser homem, marido, pai. Ambos somos apaixonados pela ideia de ser pai, mas nos sentimos despreparados, assustados e intimidados com a realidade da paternidade”.
Outro ponto em comum com o protagonista é o relacionamento forte entre mãe e filho que também é importante do filme. Além de sua vontade de externar as situações comuns que existem dentro das famílias.
“ Ambos temos mães e mulheres fortes que, lamentavelmente, foram obrigadas a preencher a lacuna da falta de um pai. Ambos decidimos nos esforçar para ser o melhor pai possível. Ambos nos apaixonamos pela paternidade. Ambos decidimos falar sobre isso na internet, por nos sentirmos solitários nessa realidade desafiadora e ao mesmo tempo maravilhosa” completa.
Como surgiu a ideia?
Piangers conta que considerava impossível transformar seu livro em filme, até que o diretor Caito Ortiz assistiu uma palestra do autor e decidiu que a história era sobre a transformação da paternidade, e não sobre episódios entre um pai e suas filhas.
“Essa sacada foi genial pois deu profundidade à história. O filme ficou tocante, leve no começo, profundo em suas transformações. Tudo o que eu sempre fiz, livro, vídeos, palestras, tem o propósito de inspirar o melhor pai que existe em nós. O filme cumpre esse propósito com louvor” reforça.
Filme estreia nos cinemas nesta quinta-feira (Foto: Divulgação)
Pais da nova geração
Para Marcos, seu público é uma geração que aprendeu com a anterior.
“Tivemos no passado pais inspiradores e participativos, que pavimentaram a possibilidade de refletir uma paternidade mais presente. Tivemos, também, pais ausentes e despreparados, que nos ensinaram a fazer o contrário. Somos a primeira geração de pais com a possibilidade de nos conectarmos através da internet e assim sairmos da dolorida solidão da masculinidade mal construída. O mundo é cheio de homens querendo ser sua melhor versão. O filme vai inspirar ainda mais pais” finaliza.
Por Isah Carvalho