A terceira queixa mais comum em consultórios médicos do Brasil é a tontura. O sintoma só fica atrás de dor e febre. E, assim como os outros dois, a tontura pode ter uma série de razões ocultas – mais de 300 quadros clínicos podem levar a essa sensação. Portanto, é certo: quem ainda não teve, em algum momento da vida terá sinais, como falta de equilíbrio, sensação de possível queda ou de que a cabeça está girando.
Saiba que nesses casos, a fisioterapia pode ajudar no tratamento. A tontura é um termo usado para explicar a sensação que temos quando há algo errado com o nosso senso de equilíbrio. Os sintomas são basicamente sensações de movimentos giratórios, como se tivesse balançando para frente e para trás.
Segundo a resolução nº 419/2012 do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) a reabilitação vestibular é um conjunto de procedimentos de avaliação e tratamento que visa a redução ou eliminação da tontura.
De acordo com a fisioterapeuta Marian Mesquista, a fisioterapia vestibular atua nos mecanismos de compensação das estruturas lesadas por meio da habituação, que significa a redução da resposta sensorial, no caso, a tontura.
Os exercícios ajudam a colocar de volta os cristais que ficam dentro do labirinto, região responsável pelo equilíbrio quando estão fora do lugar, são esses cristais que causam a sensação de vertigem e tontura. No entanto, vale ressaltar que a fisioterapia precisa ser bem indicada, dependendo da causa do problema e do paciente. Por isso é ideal procurar um médico antes para avaliar e direcionar o tratamento adequado.
Ela explica que mediante um estímulo, no caso, os exercícios de reabilitação repetidos regularmente podem melhorar os sintomas da vertigem, tontura e problemas com o equilíbrio. “Inicia-se a execução dos exercícios em terapia para que, posteriormente, possam ser realizados em casa, permitindo que a pessoa realize o trabalho terapêutico sozinha, evitando vários comparecimentos a consultas, o que lhe proporciona maior autonomia”, relata a especialista.
Em casos mais graves, o labirinto pode sofrer uma infecção, levando a uma forma mais séria de vertigem, que é a labirintite. Mas essa situação é mais incomum e muitas vezes o paciente a confunde uma simples tontura. No caso das crianças, é importante prestar atenção a sinais de disfunções de equilíbrio, que podem ser quedas recorrentes, vômitos suspeitos, xixi na cama, mau rendimento escolar, medo de escuro ou medo de usar brinquedos que tenham movimento, como um gira-gira ou um escorregador, por exemplo.
Outras patologias em que a fisioterapia atua são: hipofunção vestibular bilateral e unilateral e vertigem postural paroxistica benigna unilateral e bilateral. De acordo com a especialista, muitos casos de vertigem crônica e de origem sistêmica, alteração no estilo de vida são necessárias. “O incentivo a exercícios físicos, esportes ou mesmo caminhadas, que além de combater o estresse, propiciam bem-estar e melhor sono noturno. Outras orientações no combate à insônia podem auxiliar também na prevenção, como dormir no máximo sete horas por noite, evitar café, chá, chocolate e cigarro no período noturno, evitar refeições pesadas antes de dormir e manter uma boa alimentação diária”, comentou.