O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) promoveu o tombamento definitivo dos vestígios do Forte de São Joaquim do Rio Branco, localizado em Bonfim, no interior de Roraima. A medida foi publicada no Diário Oficial da União da última sexta-feira (18).
O tombamento é um dos dispositivos legais que o poder público dispõe para preservar a memória nacional. Com esse instrumento, reconhece e protege o Patrimônio Cultural, de modo a preservá-lo para as próximas gerações.
O prefeito de Bonfim, Joner Chagas, comemorou a decisão, que garante a proteção ao bem, até então provisória, em razão de seu elevado valor histórico. “A importância de se manter a história e preservar o patrimônio é inestimável”, disse.
Os bens contemplados pelo tombamento federal passam a ser submetidos à fiscalização do Iphan, que verifica as condições de conservação. As intervenções nesses bens precisam ser previamente autorizadas pelo instituto.
Gursen De Miranda, representante do Instituto Histórico Geográfico e Etnográfico de Roraima, explica que “o Forte de São Joaquim do Rio Branco, para além de ser o marco temporal da conquista portuguesa no vale do Rio Branco, é o marco histórico de Roraima, da colonização, delimitação de fronteira e da defesa do território”.
“Certamente, o tombamento definitivo das ruínas do Forte, concretiza preocupação em preservar a história do Estado e do município. O ato, por certo, reflete a sensibilidade da administração de Bonfim com o patrimônio histórico de Roraima”, ressalta.
História
O Forte de São Joaquim do Rio Branco foi construído no ano de 1775, estrategicamente na confluência dos rios Uraricoera e Tacutu, onde nasce o rio Branco, para garantir a posse da região para a Coroa Portuguesa, que na época tinha a sua soberania ameaçada pelas incursões espanholas, holandesas e inglesas. A sua construção foi um marco histórico para o povoamento do extremo norte do Brasil.