Modelo roraimense e o sucesso nas passarelas de Paris

Nascida em Boa Vista, Hadassa Lima dá orgulho aos pais Valdir e Willeyne Magalhães por sua carreira de sucesso. A modelo se mudou para Paris em 2012 por iniciativa própria e com apoio apenas da família e do empresário Pierre Antoine, que atualmente é seu marido.

Segundo a modelo, o início de sua carreira foi inesperado, porém os traços brasileiros de sua beleza chamaram a atenção dos europeus. “Muitas vezes, eles me confundiam com indiana ou marroquina, mas tinha orgulho de dizer que sou roraimense, da Amazônia e com sangue da etnia Taurepang, que descende do meu avô”, disse.

A modelo, de 24 anos, já desfilou para as grifes Ulyana Sergeenko, Zuhair Murad Alta, Cavalera SPFW, Colcci SPFW e Giorgio Armani. Entre os trabalhos que mais se orgulha está o show de Alta Costura para a ‘Maison’ francesa, de Christian Dior, em Hong Kong. Atualmente, a modelo faz parte de uma equipe de modelos de 14 agências.

Hadassa não nega a vontade de voltar a morar em Boa Vista, seus planos futuros são conciliar o trabalho internacional, morar com a família e ser mãe. A modelo conta que a mudança para outro país a fez crescer profissionalmente, porém as lembranças de onde nasceu ainda estão firmes na memória.

“Lembranças dos domingos, de churrasco com a família e amigos, de passar o dia inteiro na beira do igarapé, do canto dos pássaros pela manhã na minha janela, lembranças dos domingos de rapel na Ponte dos Macuxis, dos fins de semana na praça, são muitas”, conta.

Hadassa não imaginava a vida de modelo, mesmo recebendo muitos comentários sobre o assunto. Ela chegou a ser coordenadora regional da Central Única das Favelas, momento em que conheceu o seu empresário e marido.

Ao chegar a Paris, a modelo precisou emagrecer sete quilos em dois meses. “Parei de comer maionese, chocolate, sorvete e batata frita, e quando comia macarrão era em pequenas porções”, relembra.

O esforço ajudou que Hadassa despontasse tanto nas passarelas como em revistas de moda.  Sua agenda de trabalho é corrida, durante as Fashion Week’s que acontecem em todo o mundo, são cerca de sete meses de trabalho intensivo viajando de um país para outro.

Na infância e adolescência a modelo disse não ter sido vaidosa. Recentemente estava em Roraima, passando as férias na cidade em que nasceu, ficou longe da maquiagem e roupas de grife. “Se a pessoa está bem com ela mesma, é o que importa”, comentou.