Nascida em Boa Vista, Hadassa Lima dá orgulho aos pais Valdir e Willeyne Magalhães, e toda família, por brilhar nas passarelas do mundo afora. Ela começou como modelo profissional em Paris no ano de 2012, com um início de carreira inesperado. Recebeu um convite de uma agência francesa e com o apoio dos pais deixou o país em que nasceu para se dedicar ao mundo da moda.
“No momento não cheguei a pensar muito a respeito, achei que não tinha a idade correspondente, mas depois vi que seria uma oportunidade única. Cheguei à Paris e fui bem recebida. Foi incrível” relata Hadassa.
Para ela, começar em Paris, que é conhecida como a capital da moda, foi uma experiência sensacional. “E quando fui trabalhar em outros países, algo que não passava pela cabeça, foi ainda mais surpreendente. Então posso dizer que não esperava ir assim tão longe”.
A modelo conta que a mudança para outro país a fez crescer profissionalmente, porém as lembranças de onde nasceu ainda estão firmes na memória. “Lembranças dos domingos de churrasco com a família e amigos, de passar o dia inteiro na beira do igarapé, do canto dos pássaros pela manhã na minha janela, lembranças dos domingos de rapel na Ponte dos Macuxi, dos fins de semana na praça, são muitas” conta.
Ela explica que sua descendência a fez se destacar entre tantos profissionais, já que a beleza indígena não é comum para os europeus. “Eles não reconhecem de primeira porque não é comum por aqui, associando as vezes a outras origens. Então quando digo que sou de Boa Vista, do norte da Amazônia brasileira, é que eles entendem e começam a exaltar nossa grandeza e riqueza” relata.
Sua agenda de trabalho é corrida, durante as Fashion weeks que acontecem em todo mundo, são cerca de sete meses de trabalho intensivo viajando de um país para outro. “Os outros meses são mais calmos com outros tipos de trabalho, revistas, apresentações, showroom, campanhas e outros. Também faz parte da rotina o cuidado com a saúde e o corpo, boa alimentação, prática de exercícios, cuidado com a pele e etc” explicou.
A modelo já desfilou para as grifes Ulyana Sergeenko, Zuhair Murad Alta, Cavalera SPFW. Colcci SPFW e Giorgio Armani. Entre os trabalhos que mais se orgulha é o show de Alta Costura para a ‘Maison’ francesa de Christian Dior em Hong Kong.
Entre os planos para o futuro, a modelo diz que ainda quer voltar a Roraima pois é onde a sua família mora. “Pretendo continuar a carreira de manequim até o momento em que não for mais possível, já que sabemosque é uma carreira curta pra maioria e depois investir dentro do meu Estado, encontrando uma ocupação que me traga satisfação” relatou.
Como incentivo para outros jovens que buscam realizar um sonho, a modelo conta que é possível chegar lá com muita dedicação e perseverança. “Não é fácil como parece, é um trabalho como qualquer outro. Mas ser você mesma contribui, o que vale é ser verdadeira porque as pessoas vão sentir tua energia e elas vão se lembrar de você como você é” finalizou.
Cultura
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