Notificação de casos de dengue tem aumento em Roraima

O Brasil sofreu em 2022 o mais alto número de mortes pelo vírus da dengue já registradas, ultrapassando pela primeira vez a quantia de mil óbitos no período de 12 meses.

Segundo o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, foram 1.016 vítimas da doença, 313% a mais que as 246 registradas no ano anterior, e 3% superior às 986 em 2015, ano mais letal até então. Outras 109 mortes ainda estão em análise.

Em Roraima, também há aumento de casos suspeitos nos dados da Secretaria Estadual de Saúde.

O Estado contabilizou 1.642 casos suspeitos de dengue durante o ano de 2022. Deste total, 68 casos foram confirmados, e 01 óbito pela doença foi registrado em Boa Vista.

 Os dados foram repassados pela Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde, por meio do Núcleo Estadual de Controle da Febre Amarela e Dengue.

Ainda segundo o NCFAD, 31 casos suspeitos foram contabilizados nas duas primeiras semanas de 2023. Comparado ao mesmo período do ano passado, o aumento foi de 93,54% nos casos prováveis, e quando relacionado ao mês de dezembro de 2022 há um aumento de 74%. 

Confira os números de casos na íntegra

MUNICÍPIOS

TOTAL

ALTO ALEGRE

257

AMAJARI

26

BOA VISTA

890

BONFIM

70

CANTÁ

17

CARACARAÍ

26

CAROEBE

40

IRACEMA

41

MUCAJAÍ

34

NORMANDIA

02

PACARAIMA

30

RORAINÓPOLIS

42

SÃO JOÃO DA BALIZA

165

SÃO LUIZ

02

UIRAMUTÃ

00

TOTAL

1.642

Já as confirmações de casos ficaram divididas da seguinte forma:

MUNICÍPIOS

TOTAL

ALTO ALEGRE

05

AMAJARI

01

BOA VISTA

42

BONFIM

01

CANTÁ

01

CARACARAÍ

01

CAROEBE

06

IRACEMA

00

MUCAJAÍ

07

NORMANDIA

00

PACARAIMA

00

RORAINÓPOLIS

02

SÃO JOÃO DA BALIZA

01

SÃO LUIZ

01

UIRAMUTÃ

00

TOTAL

68

31 casos suspeitos foram contabilizados nas duas primeiras semanas de 2023 (Foto: Divulgação)

Chuvas

Devido às chuvas que ocorrem no início deste mês, Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde alerta para a  população aumentar a vigilância nos domicílios, sendo fundamental a execução de medidas simples, como a limpeza dos quintais com eliminação de possíveis criadouros do mosquito, cuidado com o lixo produzido em casa e evitar o acúmulo de água parada em recipientes que sirvam de bebedouros de animais ou mesmo nos vasos de plantas.  

 “Em caso de sintomas como febre com mais dois dias, seguido de náuseas; manchas avermelhadas pelo corpo; dores nas juntas; dor de cabeça; e dor atrás dos olhos, a recomendação é que o paciente busque atendimento na UBS (Unidade Básica de Saúde) mais próxima para avaliação médica e notificação do caso” informou por meio de nota.

 A coordenadoria salienta também que o Estado desenvolve uma série de ações, por meio da equipe estadual de controle das arboviroses. Tais iniciativas incluem a realização de visitas técnicas para o fortalecimento da vigilância epidemiológica e entomológica dos municípios e implementação dos fluxos de atendimento aos pacientes e coleta para diagnóstico laboratorial nos municípios.