Contar histórias para as crianças é, sem dúvida, um hábito que pode instigar a imaginação e criatividade dos pequenos. Com a rotina do dia a dia, poucos são os pais que ainda têm tempo e disposição para ler os livros, que, muitas vezes, trazem um mundo de fantasia para os garotos e garotas. Mas, tal prática deve ser considerada no cotidiano familiar, já que traz benefícios tanto para a relação entre pais e filhos, quanto para o aprendizado e comportamento social das crianças.
De acordo com a psicóloga Ana Carolina Brito, a prática deve começar desde antes dela nascer, ainda na barriga da mãe. A literatura infantil é um caminho que leva a criança a desenvolver a imaginação, emoções e sentimentos de forma prazerosa e significativa.
Apesar do avanço das tecnologias, contar histórias continua sendo uma das formas mais eficientes de promover à aprendizagem, a reflexão, a descoberta e também de conectar as pessoas.
“Ajuda a fortalecer o vínculo de afeto e cuidados com a criança, além de proporcionar um momento de atenção voltada para a mesma”, explica.
Segundo ela, o trabalho de leitura feito pelos pais para as crianças é uma forma de interação entre os familiares e traz inúmeros benefícios para o comportamento infantil.
“Estimula o cognitivo e sensorial infantil, valorizando o aprendizado, linguagem e vocabulário. A atividade pode começar muito cedo, ainda com bebês, através de músicas cantadas. A partir do sexto mês, o bebê interage de maneira mais intensa. Presta atenção, sente curiosidade. Nessa idade, recomendo livros que possam ser segurados pelos pequenos sem que os machuque”.
Segundo a especialista os pequenos que têm o costume de ouvir as histórias, além de uma ligação afetiva maior com quem a conta, o desenvolvimento e gosto pela leitura tornam-se aguçados.
Os pais devem, além de contar histórias, ter o hábito pessoal de leitura. “O maior exemplo, é ver os pais lendo. Os pequenos se interessam pelo comportamento dos pais e tendem a imitar”, explica.
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Através do lúdico, das histórias infantis, com personagens, cores e aventuras, o aprendizado fica mais fácil e acessível. “Os valores morais, familiares e culturais são ensinados e fortalecidos”, comenta.
Cada faixa etária necessita de estratégias para captar a atenção e motivar a criança em participar da história. Seguem algumas dicas:
– A história exige concentração, portanto procure um lugar acolhedor e silencioso. Desligue o celular e dedique este tempo exclusivo para seu filho.
– Observe também os melhores horários para contar história: depois do jantar, no final da tarde, na hora de dormir
– Com bebês até oito meses, utilize livros resistentes, livros de banho e procure criar um texto de acordo com as figuras que aparecem no livro.
– A partir dos oito meses a criança provavelmente já senta sem apoio, já está refinando sua coordenação e, suas emoções também estão mais evidentes. Livros com texturas são muito interessantes nesta idade, porém os textos devem ser bem curtinhos, com objetos e fatos que pertençam ao cotidiano da criança.
– Animais estão entre os temas prediletos. Retrate o ambiente sonoro da cena. Você pode imitar os sons dos personagens, cantar uma música que represente a cena.
