Um estudo do Observatório da Oncologia revelou que em 30 anos o câncer será a principal causa de morte em diversos estados brasileiros, como São Paulo, Santa Catarina, Espírito Santo, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Rondônia e Amazonas.
No Paraná, tal realidade deve acontecer em 2030, contudo, as doenças do sistema nervoso ultrapassarão o índice em 2044. Já em Goiás, Roraima, Tocantins e Mato Grosso do Sul as neoplasias alcançarão o segundo lugar.
Em Roraima, 693 pessoas foram diagnosticadas com câncer nos últimos dois anos, é o que aponta um levantamento do Laboratório de Anatomia Patológica do Estado (Laper) divulgado nesta quarta-feira, 1º. Deste total, 303 casos foram registrados em 2015 e 390 em 2016. Os números são superiores aos registrados em 2014, quando houve 260 diagnósticos da doença.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), os tipos de câncer que mais afetam os roraimenses são os de pele, colo do útero, mama e próstata. Mais de 800 pessoas morreram nos últimos três anos, sendo deste total 271 registros em 2016; 279 em 2015 e 279 em 2014, conforme dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM).
Estimativas alertam para a necessidade de desenvolver medidas efetivas na prevenção e controle da doença em todo o País, com ferramentas de rastreamento e terapêuticas acessíveis a toda a população.
O problema atinge todas as áreas da saúde e em diversas regiões do Brasil: em Minas Gerais, o câncer será a principal causa de morte em 2031 – mas, em 2044, as doenças do aparelho geniturinário estarão no topo desse ranking.
A pesquisa também coloca causas externas (acidentes, suicídios, agressões, complicações médicas e sequelas de outras morbidades, entre outras) como a maior responsável por óbitos em Amapá, Ceará, Maranhão, Goiás, Paraíba, Rio Grande do Norte, Roraima, Sergipe e Tocantins.
A Sociedade Brasileira de Patologia, que representa o especialista responsável por emitir o laudo diagnóstico do câncer e figura fundamental no momento de desenhar o tratamento, está à disposição para repercutir esses novos dados emitidos pelo Observatório da Oncologia.
Sobre a SBP
Fundada em 1954, a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) atua na defesa da atuação profissional dos patologistas, oferecendo oportunidades de atualização e encontros para o desenvolvimento da especialidade. Desde sua instituição, a SBP tem realizado cursos, congressos e eventos com o objetivo de elevar o nível de qualificação desses profissionais.